Trump: “nosso arsenal nuclear é mais forte e poderoso que nunca antes”

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se gabou nesta quarta-feira (9) do arsenal nuclear de seu país em um contexto de ameaças contra a República Popular Democrática da Coreia (RPDC).

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“Minha primeira ordem como presidente foi renovar e modernizar nosso arsenal nuclear. Agora é mais forte e poderoso que nunca antes”, escreveu o mandatário em sua conta da rede social Twitter.

“Esperemos que nunca tenhamos que usar este poder (o nuclear), mas nunca haverá um momento em que não sejamos a nação mais poderosa do mundo”, argumentou.

O presidente manifestou ontem a jornalistas em seu clube de golfe privado em Nova Jersey que “mais vale para a Coreia do Norte (RPDC) não fazer mais ameaças aos Estados Unidos. Encontrarão um fogo e uma fúria nunca vistos no mundo”.

As declarações do chefe de Estado sobre o que considera ameaças norte-coreanas se deram apesar de que há dois dias o ministro de Relações Exteriores da RPDC, Ri Hong-Yo, assegurou que seu país não tem intenções de usar armas nucleares contra nenhum outro país que não seja os Estados Unidos, e só se for atacada.

O titular acusou Washington de distorcer a verdade ao afirmar que seu país é uma ameaça global porque possui armas nucleares e condenou as manobras destinadas a “internacionalizar a questão da península da Coreia abusando da Organização das Nações Unidas”.

Os pronunciamentos de ambas partes ocorrem em meio a um aumento de tensões na região, onde os Estados Unidos e a Coreia do Sul costumam realizar exercícios conjuntos que Pionguiangue considera um perigo para sua segurança.

Constantemente, a RPDC faz questão de ressaltar seu direito à autodefesa perante a hostilidade estadunidense e suas sistemáticas manobras, que Washington descartou suspender apesar do pedido de vários países.

Segundo uma recente pesquisa do canal CNN, 61% de seus compatriotas desaprova o desempenho do ocupante da Casa Branca em política exterior.

A senadora norte-americana Dianne Feinstein ataca Trump por suas declarações

Dianne Feinstein, ex-presidente do Comitê de Inteligência, criticou as ameaças do presidente dos EUA, Donald Trump, que prometeu responder com "fogo e fúria" a possíveis provocações da Coreia do Norte.

"O isolamento da Coreia do Norte não deteve a sua busca por armas nucleares e o presidente Trump também não está ajudando a resolver a situação com suas declarações bombásticas", destacou.

A política acredita que Washington deve "iniciar um diálogo de alto nível com Pyongyang sem qualquer condição prévia", já que a diplomacia é "a única via sensata".