Trabalhadores argentinos rejeitam as reformas de Maurício Macri

Nesta terça-feira (22), uma grande marcha de trabalhadores ocupou as principais ruas do centro de Buenos Aires, a capital argentina. Os manifestantes protestam contra as reformas propostas pelo presidente Maurício Macri. Tal como no Brasil, lá o presidente neoliberal busca flexibilização trabalhista e enfraquecimento do sistema previdenciário.

Manifestação na Argentina - DyN

Convocada pela Confederação do Trabalho (CGT), a manifestação conta com a participação de outros grêmios trabalhistas, entre eles, a Central de Trabalhadores da Argentina (CTA). Eles rejeitam as medidas de austeridade de Macri e exigem a recontratação de funcionários demitidos em massa no setor público e em redes multinacionais.

Um dos porta-vozes do ato, Juan Carlos Schmid, anunciou que esta união das centrais consolida a luta dos trabalhadores frente aos “atropelos” propostos pelo presidente. “Somos nós, os trabalhadores, que forjamos a nação, somos o cimento para o edifício grande que é o país, e isso depende unicamente de nós”, afirmou.

Segundo ele, os trabalhadores tomaram consciência das medidas de austeridade do presidente estão dispostos a colocar “o país de pernas pro ar quantas vezes seja necessário” para mostrar a força da classe.

Schmid afirma que esta manifestação é uma “demonstração de organização e disciplina e mostra a capacidade de mobilizar e expressar pacificamente, mas com firmeza, o que os trabalhadores pensam. A mudança que queremos é de injustiça por justiça social”.

Frente à grande mobilização, o presidente se disse “desiludido” pois, ao ter um resultado acirrado contra Cristina Kirchner nas eleições primárias para o Senado, esperava “companheirismo” do movimento sindical.

Recentemente foram realizadas as eleições para decidir quem vai à disputa por um assento no Senado e, mesmo sem a máquina governamental, a ex-presidenta obteve um empate técnico com o candidato macrista, Esteban Bullrich.