"Carta Aberta" segue em exposição no Memorial da Resistência

A exposição “Carta Aberta – correspondências na prisão”, em exposição no Memorial da Resistência de São Paulo até 18/09, resgata correspondências trocadas entre os anos 1969 a 1974 revelando o universo e a importância da comunicação entre os presos políticos, seus parentes e amigos.

exposi - Divulgação

Além das cartas, compõem a mostra, fotografias, cartões comemorativos e de solidariedade, artesanatos produzidos na prisão e a obra “Carta a Sérgio Ferro” (1973), do artista e ex-preso político Alípio Freire. Ao testemunho da ex-presa política Maria Aparecida Costa Cantal, sobre a importância das correspondências naquele contexto, que faz parte da mostra, estão sendo acrescentados outros testemunhos, coletados durante a exposição.

A exposição traz um recorte testemunhal sobre um momento na vida de pessoas que lutaram pelos ideais de liberdade e democracia, usurpados pela Ditadura Civil-Militar. As cartas, mantidas sob os cuidados dos ex-presos e familiares por mais de quatro décadas, agora ganham novo sentido ao serem expostas publicamente. Elas testemunham as vivências de ambos os lados – dentro e fora do cárcere. Revelam experiências íntimas e profundas, a necessidade de informar e serem informados e os esforços para tentar promover um pouco de conforto para aquele que estava distante.

“A realização dessa exposição só foi possível graças à colaboração e a confiança de ex-presos políticos e familiares convidados que, ao entregarem suas cartas, permitiram que fossem abertas, lidas e expostas ao público. Mas aqueles, que por ventura, ainda possam preservar suas cartas, o museu as receberá para compor a mostra”, explica Luiza Giandalia, curadora da exposição, junto com Kátia Felipini.

Serviço:
Exposição: Carta Aberta – correspondências na prisão
Memorial da Resistência de São Paulo
Largo General Osório, 66 – Luz – Sala 2 – 3º andar
Funcionamento de quarta a segunda-feira, das 10h às 18h

Entrada gratuita