Sanha persecutória contra Lula explica criminalização da política
"Injurídica e imoral", classificou a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por meio de nota divulgada nesta segunda-feira (11), sobre a denúncia do Ministério Público Federal no âmbito da investigações da operação Zelotes.
Publicado 11/09/2017 17:34
Lula, o ex-ministro Gilberto Carvalho e outras cinco pessoas foram denunciadas pelo MPF por corrupção passiva na reedição da Medida Provisória 471/2009, que prorrogava a vigência de incentivos fiscais que tornaram as regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste responsáveis por 13% dos empregos na indústria automobilística brasileira, e por mais de 10% das exportações de automóveis pelo país.
Para a defesa, além de improcedente, a denúncia é injurídica e imoral, pois os procuradores "tentam explorar novamente um tema que já foi objeto de ação penal e julgamento na primeira instância há mais de um ano".
"São absolutamente corretos os trâmites da medida, desde a edição até a aprovação pelo Congresso Nacional, que a converteu em lei sem votos contrários. Somente a sanha persecutória de determinados procuradores contra o ex-presidente Lula pode explicar a tentativa de criminalização de uma política de desenvolvimento regional iniciada em governo anterior ao dele", argumenta o advogado Cristiano Zanin.
E acrescenta: "Mais uma vez membros do Ministério Público Federal abusam de suas prerrogativas legais para tentar constranger o ex-presidente Lula e manipulam o sistema judicial brasileiro para promover uma perseguição política que não pode mais ser disfarçada".