Vanessa Grazziotin destaca protestos contra Temer durante Rock in Rio
Os protestos e palavras de ordem utilizadas pelo público do Rock in Rio contra o presidente da República, Michel Temer, chamaram a atenção da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). Em pronunciamento nesta terça-feira (19), a parlamentar lembrou que, em todas as manifestações culturais no país, um dos cantos que ecoam têm sido a expressão "Fora, Temer!".
Publicado 19/09/2017 18:54
Para ela, o fato é justificado pela insatisfação dos brasileiros que não querem a continuidade de Temer no exercício do cargo. Segundo a senadora, uma parte da população apoiou o impeachment de Dilma Rousseff porque acreditava que, com isto, a corrupção diminuiria e a crise seria encerrada. Essa mesma população, no entanto, hoje vai aos locais públicos para protestar contra o atual governo, porque está vendo que nada aconteceu.
“Temos assistido a população se mobilizando e protestando contra o presidente da República de forma muitas vezes espontânea, algumas vezes apenas com a presença de um determinado cantor. E nós precisamos perguntar por que essa manifestação tem sido a mais presente no evento. Por que será que isso acontece? E a resposta é muito simples: a população brasileira não quer mais ver a continuidade de Michel Temer à frente da Presidência da República, apenas isso”, pontuou.
Uma pesquisa Confederação Nacional do Transporte (CNT) com o Instituto MDA, divulgada nesta terça-feira (19), reforça o argumento da senadora. O governo de Michel Temer tem a pior avaliação da história da pesquisa, com aprovação de apenas 3,4% dos brasileiros entrevistados, sendo que 75,6% o avaliam como negativo.
Quando a avaliação é pessoal, o índice de rejeição só aumenta, batendo o nível mais baixo da série, iniciada em 2011: 84% dos entrevistados desaprovam Temer. Em fevereiro, eram 62%.
Desde que assumiu o poder, por meio de um golpe contra o mandato da presidenta Dilma Rousseff, o índice de reprovação a Temer só cresce. Em junho do ano passado, após o impeachment, a rejeição era de 40%. Depois, o índice subiu para 51%, 62%, e agora está em 84%.