PSDB encabeçou o golpe e derrete: Gustavo Franco anuncia desfiliação

Os tucanos encabeçaram o golpe contra o mandato da presidenta Dilma Rousseff na expectativa de tomar o poder. Mas ao insuflar o discurso da antipolítica e conspirar contra a democracia, os tucanos provocaram uma profunda crise das instituições e sentem os efeitos disso na carne. Um dos gurus da equipe econômica do PSDB, Gustavo Franco, anunciou sua saída da sigla para se filiar ao Partido Novo.

Gustavo Franco

Ex-presidente do Banco Central no governo Fernando Henrique Cardoso, Franco vai presidir a fundação do "Novo" e já tem a tarefa de elaborar o programa de governo para 2018.

Outros que devem sair do PSDB e se filiar à legenda é a economista Elena Landau, que comandou a privataria tucana – e Edmar Bacha. A permanência da legenda no governo de Michel Temer foi o estopim para a saída desses integrantes.

Em agosto, os três economistas fundadores do PSDB e que participaram da elaboração e implantação do Plano Real lançaram uma carta pedindo a "refundação ética e programática" da legenda e o desembarque do governo Temer. Segundo eles, essa era a alternativa para impedir que em 2018 um radical populista de direita ou de esquerda ganhe a eleição para a Presidência.

Na época, os signatários diziam que "chegaram a pensar em se desligar do PSDB", mas que optaram por escrever a carta e enviá-la ao presidente interino do partido, o senador Tasso Jereissati (CE) para pedir mudanças. A decisão acontece menos de um mês depois da publicação da carta.

Em junho, o jurista Miguel Reale, autor do pedido de impeachment que deu um golpe no mandato de Dilma, anunciou a saída, seguido pelo empresário Ricardo Semler, fundador da Semco Partners.