Aliança País pede transparência em investigações sobre vice do Equador

A coalizão de partidos progressistas do Equador, Aliança País, da qual faz parte o atual presidente, Lenín Moreno, emitiu um documento nesta quarta-feira (4) onde pede “transparência e firmeza” nas investigações sobre o suposto envolvimento do vice-presidente Jorge Glas em corrupção.

parlamento do Equador - Efe

A bancada da Aliança País e aliados pediu para as Justiça equatoriana agir de maneira “firme, transparente e cuidadosa” no processo judicial que envolve o vice-presidente Jorge Glas, acusado de ter recebido propina da empresa brasileira Odebrecht.

No documento, os parlamentares do bloco progressista, do qual Jorge Glas faz parte, ratificaram ao país e à militância que assumem a luta contra a corrupção de forma veemente e sem considerações particulares.

“Por este motivo solicitamos à Justiça, uma vez mais, que proceda de forma firme, transparente e cuidadosa”. O documento também afirmou que a decisão de autorizar à Corte Nacional de Justiça a acusação penal do vice-presidente, confirma a confiança e o compromisso da força política na “institucionalidade do Estado”.

A bancada também destacou que a Constituição vigente do Equador consagra um Estado Constitucional de Direito e de Justiça, que brinda a todas as pessoas com um conjunto de garantias irrenunciáveis e imprescritíveis, o direito de ter um procedimento imparcial, o direito à defesa e o princípio de inocência.

Para o bloco, “sucumbir às pressões políticas ou a um estado de opinião significaria uma clara violação dos direitos individuais garantidos na Constituição.

Em meio às investigações, Glas foi preso sob a justificativa de representar ameaça de fuga. O vice-presidente é acusado de “associação ilícita” no caso da Odebrecht. O ex-presidente, Rafael Correa, criticou a posição da Justiça equatoriana e partiu em defesa de seu ex-companheiro de chapa.