Base aliada diz que barrará denúncia contra Temer na CCJ
Após muito troca-troca, parlamentares da base aliada estão calculando os votos para a apreciação da denúncia contra o presidente da República Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha, da Casa Civil, e Moreira Franco, da Secretaria-Geral, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Publicado 11/10/2017 18:00
A expectativa de um dos principais articuladores do governo, deputado Beto Mansur (PRB-SP), é de alcançar entre 39 e 42 votos pela aprovação do relatório do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), que recomenda ao colegiado a rejeição da denúncia.
“Podemos ter entre 39 e 42 [votos favoráveis ao governo]. Isso porque se a líder do PSB, [deputada] Tereza Cristina [MS], deixar a liderança e o partido bandear para a esquerda, nós vamos perder dois votos. Se ela permanecer, até porque é o líder que indica, nós manteremos dois votos dos quatro do PSB. Também existe a possibilidade de termos votos do PSDB, que compõe a comissão, em função do trabalho que foi feito pelo relator”, analisou Mansur.
Para ele, a denúncia também será barrada no Plenário. “Na minha visão, a Oposição não terá condições de ter 342 votos para dar continuidade. Então, nós vamos arquivar essa denúncia”, avaliou.
Para deputados da Oposição, na CCJ, o resultado já está dado. No entanto, para o líder do PT, deputado Carlos Zarattini (SP), a votação do Plenário pode surpreender.
“Existe uma certa degradação da base. Nós estamos vendo no PSDB deputados querendo votar contrariamente a Temer, no processo de seu afastamento e muitos outros deputados de diversos partidos que votaram a favor na primeira votação se manifestando com a intenção de votar contrariamente. Então, nós podemos, inclusive, ter uma surpresa aí”, disse Zarattini. “O que está pintando é uma surpresa e pode ter a reversão dos números rapidamente”, completou.