Dilma: "Interditar Lula é casuismo"
A ex-presidenta Dilma Rousseff emitiu nota na qual comenta a data do julgamento contra o ex-presidente Lula, marcada para 24 de janeiro pelo TRF4. Ela destaca a celeridade do tribunal no caso de Lula, em comparação com outros julgamentos, e destaca que "interditar Lula é casuísmo".
Publicado 13/12/2017 18:44

No texto, Dilma compara a pressa em julgar Lula à vagareza de outros casos, como os 12 anos que já duram a espera pelo julgamento de um recurso do senador tucano Eduardo Azeredo. De acordo com a ex-presidenta, os tribunais devem se guiar pelo dever de fazer justiça, e os democratas devem defender o direito de Lula de concorrer à Presidência.
"Interditar Lula é casuísmo. Eleição sem Lula é eleição sem legitimidade. Eleição sem que Lula tenha direito de concorrer é mais um golpe contra a democracia", disse.
Confira abaixo a íntegra:
O mesmo tribunal que acaba de marcar a data do julgamento do recurso de Lula em tempo recorde, mantém na gaveta há 12 anos o julgamento do recurso do senador tucano Eduardo Azeredo, condenado em primeira instância.
O mesmo tribunal que está examinando o recurso de Lula na metade do tempo dos julgamentos mais rápidos que já realizou, marcou uma sentença para o dia 24 de janeiro, na primeira sessão após o recesso de fim de ano.
Os tribunais devem ser movidos pelo dever de fazer justiça, segundo as leis, o devido processo legal, e prazos que assegurem amplo direito de defesa.
Os democratas deste país, aqueles que prezam a normalidade democrática e o pleno funcionamento das instituições, devem defender o direito de Lula de concorrer à presidência.
Interditar Lula é casuísmo. Eleição sem Lula é eleição sem legitimidade. Eleição sem que Lula tenha direito de concorrer é mais um golpe contra a democracia.