Argentina: começa a jornada contra a reforma da previdência 

A população, junto de organizações sindicais e grupos políticos, iniciou uma série de manifestações contra a iniciativa do governo Macri, que está sendo discutida sob clima tenso nessa quinta-feira (14) na Câmara dos Deputados; os protestos começaram pela manhã, com o fechamento das avenidas Corrientes e Callao, em Buenos Aires. Polícia tentou reprimir os manifestantes com bombas de gás lacrimogênio

manifestação contra reforma da previdência na argentina - Télam

Militantes do sindicalismo combativo e do Partido dos Trabalhadores Socialistas (PTS) realizaram uma concentração, para mais tarde marchar até o Congresso Nacional e encontrar o resto das organizações; todas elas já anunciaram publicamente o seu repúdio pela reforma da previdência, rechaçando as propostas do projeto, impulsionado pelo apoio de membros do governo. 

O PTS considerou a iniciativa como um "verdadeiro desfalque" para os aposentados e aposentadas que recebem a Contribuição Universal por Filho, seguro social dado pelo Estado argentino à pessoas desempregadas, com empregos não registrados ou que ganham menos de um salário mínimo, garantindo-lhes o direito ao benefício por cada filho menor de 18 anos ou em caso de criança com deficiência. O PTS ainda acusou o Cambiemos, coalização política da qual o partido do presidente Macri faz parte, de ter "escondido durante a campanha eleitoral a proposta da reforma", já que "a grande maioria da população é completamente contra". 

Já houve repressão por parte do governo; segundo a imprensa local, a polícia atirou bombas de gás lacrimogêneo contra manifestantes que estavam na esquina da avenida Entre Ríos. Enquanto isso, sob o clima tenso, iniciou-se a sessão no Congresso para discutir a Reforma.