Manuela responde ao MBL: Se conformem, nós viemos para ficar

Enquanto a deputada estadual no Rio Grande do Sul, Manuela D’Ávila, pré-candidata pelo PCdoB à Presidência da República, fazia seu pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa do estado, na terça-feira (3), era impedida por ataques machistas de membros do Movimento Brasil Livre (MBL), que tentaram calar a deputada. Em resposta, Manuela falou da participação da mulher na política: “Nós [mulheres] viemos para ficar na política!”, retrucou.

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O vídeo foi publicado nas redes sociais e em pouco tempo viralizou. A deputada se pronunciava contra o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) do governo Sartori na sessão plenária. Na ocasião, membros do MBL a atacaram de forma machista, misógina e preconceituosa – mas a deputada não se calou e respondeu aos ataques.

“Como gostam de gritar com mulher, né? Gritam com mulher, agridem as mulheres e dizem que mulher merece ser estuprada. É uma turminha que tem um problema com a mulherada assumindo a política, mas é irreversível, viemos para ficar e se conformem com isso! Viemos para lutar pelo desenvolvimento do Rio Grande do Sul”.

Contra o programa do governo federal que prevê a suspensão do pagamento da dívida do estado com a União, a partir de concessões e contrapartidas do governo estadual, Manuela se pronunciou: “Não é verdade que o RRF salvaria o Rio Grande do Sul. É mentira, é mentira, é mentira. São especialistas em mentir e a destruir o Rio Grande do Sul”.

A deputada também destacou que o RRF é contra os trabalhadores e trabalhadoras mas, sobretudo, contra as mulheres. “Quando proíbem a contratação de novas educadoras, por 20 anos, diz que as mulheres trabalhadoras que não têm escola de turno integral continuarão desempregadas”.

Manuela D’Ávila enfatizou que o governo Sartori é contra o desenvolvimento do estado. “Eles são contra a indústria do Rio Grande do Sul, a segurança pública e a contratação de novas professoras, mesmo sabendo que a educação é um dos critérios de capacidade do estado se desenvolver economicamente. Esses projetos são uma fraude”.

Assista ao vídeo: