A determinação do Tribunal Superior Eleitoral de que os partidos devem repassar 30% do fundo eleitoral para campanhas de mulheres (regra que vale também para o tempo de TV e para a propaganda eleitoral no rádio e na televisão) não é só uma grande vitória de quem sempre defendeu a participação efetiva das mulheres na política.
Por Manuela d’Ávila*
Enquanto a deputada estadual no Rio Grande do Sul, Manuela D’Ávila, pré-candidata pelo PCdoB à Presidência da República, fazia seu pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa do estado, na terça-feira (3), era impedida por ataques machistas de membros do Movimento Brasil Livre (MBL), que tentaram calar a deputada. Em resposta, Manuela falou da participação da mulher na política: “Nós [mulheres] viemos para ficar na política!”, retrucou.
Em 1935, Santa Catarina fez história ao eleger Antonieta de Barros, jornalista e mulher negra, a primeira deputada estadual do país. Apesar disso, amargamos baixíssimos índices de representação feminina nos parlamentos e a maior disparidade de salários em relação aos homens.
Por Angela Albino*
“Quando uma mulher entra na política, muda a mulher… …quando muitas mulheres entram na política, muda a política.” Michelle Bachelet (presidenta do Chile)
Por Gislane Caresia*, para o Portal Vermelho
"Mulher que participa da política e bate como homem tem que apanhar como homem". Essa frase que reflete, infelizmente, o pensamento de muitos homens. Poderia ser dita numa conversa de boteco, no corredor de uma escola ou num papo no vestiário, depois do futebol. Mas foi dita pelo deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF), durante sessão da Câmara dos Deputados e dirigida a também deputada Jandira Feghali, líder do PCdoB no parlamento.
Por Dayane Santos
O financiamento público de campanhas políticas aumentaria o “número de mulheres candidatas e eleitas”. É o que afirmou Flávia Biroli, professora do Instituto de Ciência Política da UnB (Universidade de Brasília), em entrevista ao Blog do Kennedy. Para ela, estabelecer cotas no Congresso seria “um passo importante” para estimular a igualdade de gênero no Brasil.
Nesta quinta-feira (3), será lançada em Pernambuco a campanha por Mais Mulheres na Política. A finalidade da campanha é assegurar maior igualdade entre homens e mulheres na sociedade, aumentando a participação feminina nos espaços de poder. O encontro chega a Pernambuco por iniciativa da deputada Luciana Santos – única mulher na bancada pernambucana no Congresso Nacional.
Durante palestra sobre a participação feminina na política, no Seminário Nacional de Inclusão da Mulher na Política e Igualdade de Gênero, organizada pela Coordenadoria da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio (CNTC), nesta terça-feria (11), em Brasília, a deputada federal Jô Moraes (PCdoB/MG) destacou que "as mulheres precisam acreditar nas mulheres!”.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) defendeu nesta quinta-feira (6) a aprovação de proposta de emenda à Constituição que reserva um percentual mínimo de cadeiras nas representações legislativas em todos os níveis federativos para cada gênero.
O CNE (Conselho Nacional Eleitoral) da Venezuela aprovou, na última quinta-feira (25/06), um regulamento que determina que as candidaturas para as eleições parlamentares deverão ter uma composição paritária e alternada de 50% para cada sexo. A oposição criticou veementemente a decisão e ressaltou que denunciará o organismo eleitoral nacional e internacionalmente diante da medida.
Apesar o Brasil ter a primeira presidente mulher e reeleita, o país tem apenas 9% de representação feminina na Câmara e 13% no Senado, colocando o Congresso Nacional brasileiro em 116º no ranking de 190 países, segundo dados divulgados pela União Inter-Parlamentar.
Um chamado à ação para acabar definitivamente com a desigualdade de gênero até 2030 foi feito neste sábado (28), ao término da conferência da ONU “As Mulheres no Poder e na Tomada de Decisões: Construindo um Mundo Diferente”. Após dois dias de debates, a presidente do Chile, Michelle Bachelet, e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, assinaram um "chamado de ação" que declara 2015 como um "ano crucial" para a obtenção da igualdade de gênero.