Movimentos sociais anunciam proclamação de Evo candidato na Bolívia
Com uma mobilização nacional prevista para 21 de fevereiro, os movimentos sociais proclamarão o presidente Evo Morales como o candidato às eleições gerais de 2019, informou a mídia boliviana nesta quarta-feira (31). O presidente da Coordenação para a Mudança, Gróver García, ressaltou que a manifestação será realizada também, para mostrar a posição claramente contrária às mentiras espalhadas pela oposição, no referendo de 2016.
Publicado 01/02/2018 11:02
Naquela ocasião, as campanhas da direita agiram contra a emenda do artigo 168 da Constituição do Estado, com o objetivo de excluir a possibilidade de reeleição sucessiva do presidente, do vice-presidente e de outras autoridades, de acordo com a Agência de Informação da Bolívia.
O congressista do Movimento para o Socialismo (MAS), Edwin Muñoz, informou que a mobilização da região de Santa Cruz ocorrerá em todos os municípios, para repercutir que 21 de fevereiro foi o dia da mentira, cita o jornal Cambio.
Por sua vez, no ato central agendado para as 11 horas, hora local, na praça principal de Cochabamba, estarão presentes organizações sociais dos 47 municípios, como conselhos de bairro, movimento sindical, a juventude e demais trabalhadores.
Por outro lado, grupos em La Paz, Cochabamba, Santa Cruz, Potosi, Beni, Tarija e Oruro convocaram uma greve para o mesmo dia, para exigir o respeito aos resultados do referendo constitucional de 2016.
A este respeito, o senador do MAS, René Joaquino, esclareceu que, como consequência aos resultados da consulta de 2016, “nada está sendo feito para emendar o artigo 168 da Constituição, portanto, a decisão do cidadão boliviano deve ser respeitada”.
Acrescentou que o presidente tem todas as possibilidades de ser candidato, uma vez que existe uma sentença constitucional que estabelece a inaplicabilidade da Constituição boliviana no sentido de evitar uma reeleição.
No final de novembro, o Tribunal Constitucional Plurinacional do país das terras altas aprovou um recurso abstrato de inconstitucionalidade, para uma nova nomeação das autoridades nacionais e regionais do país.
Por sua vez, o governador de Oruro, Víctor Hugo Vásquez, sugeriu à oposição que organize a criação de um programa governamental, sem mentiras, para enfrentar o dignitário da nação andino-amazônica, nas próximas eleições de 2019.
Vásquez fez também um apelo pela unidade do povo, para garantir que Morales continue como presidente de todos os bolivianos até 2025.
Evo saiu vitorioso na sua primeira eleição em 2005, com 54% dos votos, foi reeleito em 2009, com 64%, e voltou a se eleger em 2014, com 61%.