2º dia de protestos tem 36 palestinos baleados na Faixa de Gaza
Palestinos voltaram a ocupar as ruas da Faixa de Gaza neste sábado (31) no segundo dia de protestos contra a ocupação israelense. As forças israelenses atacaram os manifestantes deixando pelo menos 36 feridos a tiros;
Publicado 31/03/2018 19:10

Na sexta-feira (30), o primeiro dia de protestos deixou 15 palestinos mortos e mais de 1.500 feridos. A manifestação palestina na fronteira que separa Gaza de Israel reuniu mais de 40 mil pessoas e exige o direito ao retorno dos palestinos às terras que tiveram que deixar ou das quais foram expulsos durante a ocupação israelense em 1948, com apoio dos EUA.
"O número de feridos hoje chega a 36 pessoas. Todos os ferimentos causados por tiros", disse Ashraf Kidra, porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, em entrevista à Sputnik.
Chamado de "A Grande Marcha de Retorno", o protesto deve durar mais de um mês e terminar em 15 de maio, quando os palestinos lembrarão o Nakba, que significa desastre em árabe, a limpeza étnica e transferência forçada de centenas de milhares de palestinos após Israel ter anunciado independência em 1948.
Enquanto líderes mundiais repudiam a repressão, o governo de Israel diz que aumentará a intensidade de sua resposta caso os protestos continuem na Faixa de Gaz,
De acordo com o porta-voz do exército israelense, brigadeiro-general Ronen Menelis, se as manifestações continuarem, "iremos além" para acabar com as manifestações.
Disse ainda que o exército israelense tinha limitado sua resposta àqueles que ontem tentavam ultrapassar a fronteira, que antes da ocupação de Israel era território Palestino. "A infiltração em outro país soberano é algo que nenhum país tolera, e nós também não", declarou ele.