Movimentos organizam caravanas para vigília diante da PF em Curitiba
Apesar de uma proibição judicial, movimentos sociais organizam caravanas para manter vigília diante da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde desde a noite de sábado (7) está o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Boletim divulgado neste domingo (8) pelo Comitê Popular em Defesa de Lula e da Democracia informou que "ele dormiu tranquilamente e não foi maltratado pelos agentes do local" e "continua sereno e tranquilo".
Publicado 08/04/2018 13:14
A presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffman (PR), depois de conversar com um delegado, informou que o ex-presidente estava bem. A Justiça do Paraná, a pedido da prefeitura de Curitiba, concedeu o chamado interdito proibitório, para proibir a presença de manifestantes nas proximidades da PF. Ontem à noite, manifestantes favoráveis a Lula foram reprimidos pela polícia.
O ex-presidente chegou à Superintendência por volta das 22h. Ele deixou a sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo, no final da tarde, escoltado até a PF em São Paulo, no bairro da Lapa. De lá, foi de helicóptero até o Aeroporto de Congonhas, voou de jato até Curitiba, onde embarcou em outro helicóptero até a sede da PF paranaense. Até quando pôde, ficou em companhia do advogado Cristiano Zanin Martins.
O presidente da CUT, Vagner Freitas, enfatizou o discurso da resistência. "Os sindicatos filiados à CUT vão resistir. Exigiremos em nossos discursos, atos e reivindicações, a liberdade de Lula, que é preso político. Quem quer prender o Lula são os banqueiros, os ruralistas, os empresários e o capital financeiro nacional e internacional."
Segundo o dirigente, haverá vigília permanente diante da Superintendência da PF em Curitiba. "Vamos definir quais as categorias que estarão se revezando nessa vigília."
Na manhã deste domingo, o líder do MTST (sem-teto) Guilherme Boulos escreveu em rede social sobre críticas feitas por um juiz. "Marcelo Bretas é tuiteiro e nas horas vagas é juiz federal. Para ele, manifestação em defesa de Lula é vandalismo. Para mim, vandalismo é um juiz e sua mulher receberem 8 mil reais de auxílio-moradia morando na mesma casa, sem pagar aluguel."