Estados Unidos, Grã-Bretanha e França atacam Síria
Trump, May e Macron antecipam-se à chegada dos inspetores da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) a Douma prevista para a prróxima semana. Para o governo da Síria a agressão é perpetrada por regimes arrogantes e frustrados pela derrota da conspiração contra o país.
Publicado 14/04/2018 08:11

"O ataque com mísseis a infra-estruturas militares e civis sírias foi executado por aviões e navios de guerra americanos em cooperação com as forças aéreas britânicas e francesas", segundo a agˆncia de notícias russa Tass. Durado cerca de uma hora e meia, quando o dia amanhecia no país atacado.
O número e a natureza dos alvos atingidos ainda estão envoltos em informações contraditórias. Apesar de chegar a ser referido o número de dez alvos, tudo indica que efetivamente se trataram de três, informação em que acordam a cadeia de televisão CNN e a agência noticiosa síria Sana.
Comandos militares sírios, russos e norte-americanos confirmaram que os Estados Unidos, a França e o Reino Unido dispararam mais de cem mísseis de cruzeiro e ar-terra contra alvos na Síria.
Numa conferência de imprensa em Moscou, o militar russo Sergei Rudskoi afirmou que, "no total, foram disparados 103 mísseis, tendo as defesas aéreas sírias conseguido abater 71", indica a PressTV.
Por seu lado, o Comando Geral do Exército das Forças Armadas Sírias informou que "a maior parte dos 110 mísseis disparados" contra alvos em Damasco e arredores foi interceptada, segundo revela a Sana.
Fora do controle
Neste sábado (14), na sequência dos ataques da coalizão liderada pelos EUA contra o território sírio, o presidente do país, Bashar Assad, disse que este ato de agressão contribuirá ainda mais para a “unidade do povo sírio” na luta contra o terrorismo.
Informa-se que a respectiva declaração foi feita durante uma conversa telefônica entre Assad e o presidente iraniano, Hassan Rouhani, durante a qual os líderes discutiram os detalhes do recente ataque.
"Chegou a hora de as forças ocidentais, que apoiam o terrorismo, reconhecerem o fato de terem perdido o controle. Ao mesmo tempo, eles sentem que perderam a confiança dos seus povos e do mundo", disse Assad, citado pela assessoria de imprensa.
O presidente iraniano, por sua vez, condenou o bombardeamento do território sírio e confirmou que Teerã vai continuar apoiando as autoridades e o povo sírios. Rouhani também expressou a certeza que a agressão dos países ocidentais não vai abalar o moral dos sírios na luta contra o terrorismo.