BH: Professores da rede privada mantêm greve contra efeitos da reforma

Em greve desde do dia 25 de abril, os professores da rede privada de Belo Horizonte (MG) voltam a paralisar escolas e universidades em luta salarial e contrária a mudanças no contrato promovidas pela Reforma Trabalhista.

greve professores da rede privada de BH

A patronal das escolas e universidades da rede particular de Minas Gerais tenta impor mudanças no acordo coletivo para retirar direitos dos professores. Na véspera do feriado do 1º de maio, uma negociação no TRT não sanou as demandas desses professores, que decidiram manter a mobilização nessa quarta-feira (02) também por melhor reajuste salarial, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mais 3% de ganho real, e pela garantia de não punição decorrente da greve e estabilidade durante todo o ano letivo.

Uma nova negociação está marcada para esta quarta, e será acompanhada por uma vigília dos professores. São mais de 60 escolas em BH e na região metropolitana total, ou parcialmente paralisadas, além de 4 universidades privadas. Na última sexta-feira (27), professores da PUC-MG declararam se somar a greve, que se prova cada vez mais forte.

Dentre os inúmeros ataques a essa categoria de professores incluía-se perda do adicional por tempo de serviço, perda das bolsas de estudos para professores e dependentes, perda do intervalo dos/as professores/as.

Além disso, há também a retirada da cláusula de atestado médico, ou seja, professor não pode adoecer, retirada da representatividade do sindicato (legítimo representante da categoria, conforme apregoa a Constituição da República), retirada da estabilidade do professor aposentando, perda significativa do adicional extraclasse (uma vez que propõem que o professor trabalhe 10% a mais sem remuneração devida), reajuste de 1%, abaixo da inflação – sendo que as mensalidades escolares reajustaram em média de 8 a 10%.