Acampamento Lula Livre sofre novo ataque e autor é delegado da PF

O acampamento em apoio a Lula, que faz vigília em defesa da liberdade do ex presidente, sofreu um terceiro ataque nesta sexta-feira (4), durante o tradicional "Bom Dia presidente Lula". Desta vez o agressor foi identificando como Gastao Schefer Neto, delegado da Polícia Federal, que quebrou o equipamento de som.

Delegado ataque Lula Livre - Reprodução

Ele foi levado pela política militar de Curitiba, mas a medida parecia mais uma escolta ao agressor que, sob a proteção dos policiais, ainda conseguiu circular tranquilamente entre os militantes e ainda gravar um vídeo.

A organização do acampamento Lula Livre classificou ação como “uma atitude fascista e ensandecida”. Schefer Neto foi presidente da Associação dos Delegados da Polícia Federal do Paraná e foi candidato a deputado federal pelo estado.

O delegado agrediu militantes na praça Olga Benário e quebrou os equipamentos enquanto ocorria a atividade diária. A deputada estadual de São Paulo Marcia Lia (PT) prometeu fazer um boletim de ocorrência sobre o episódio.

“Em que pese o apoio e solidariedade com que contam, em Curitiba, a Vigília Lula Livre, o acampamento Marisa Leticia e os diferentes espaços em defesa da democracia e da liberdade de Lula, há incidentes e manifestações esporádicas de ódio contra nossos espaços e militantes. Seguimos cobrando das autoridades proteção aos nossos espaços e medidas contra provocadores e fascistas”, diz, em nota, a organização da vigília.

 

Na campanha de criminalização, a esquerda e os movimentos sociais são taxados como "baderneiros" e atualmente chamados até de "terroristas". No entanto, o uso da violência tem sido defendido e usado por lideranças da direita.

A caravana do ex-presidente pela região Sul foi alvo de ataque a tiros quando passava pelo Paraná. O movimento de solidariedade ao ex-presidente tem sido alvo constante de agressões. No primeiro ataque, militantes foram agredidos com paus. No segundo, ocorrido na semana passada, os manifestantes foram alvo de tiros, deixando duas pessoas feridas, sendo um rapaz baleado no pescoço.

"Nada irrita mais os ignorantes, os que não querem o jogo político baseado na disputa de ideias, os que não têm outra narrativa a não ser o ódio, os que não têm argumentos, os que não aceitam o fato de Lula seguir à frente das pesquisas e se manter sereno e crítico à sua prisão, nada os irrita mais do que ver nossas manifestações organizadas e firmes, a ponto de alcançar 30 dias de luta", diz outro trecho da nota.