Contra política de Temer, caminhoneiros mantêm bloqueios em rodovias
A greve dos caminhoneiros contra a alta do óleo diesel prosseguiu nesta terça-feira (22) atingindo 23 estados brasileiros. Segundo a Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam) aproximadamente 200 mil aderiram aos protestos contra os altos tributos impostos pelo governo ao diesel. Neste dia, o presidente da Abcam, José da Fonseca Lopes, defendeu em vídeo a continuidade dos protestos.
Publicado 22/05/2018 18:02
Nota da Assessoria de Imprensa da Associação afirmou: “Apesar do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, ter manifestado interesse em reduzir a alíquota da Cide, a categoria manterá a agenda de protestos pelo país. É imprescindível uma política de isenção dos impostos incidentes no oléo diesel e o controle dos aumentos do combustível”.
Os caminhoneiros iniciaram a greve nesta segunda-feira (21) com bloqueios, barricadas e manifestações nas rodovias e postos de gasolina. Os protestos atingiram até o momento cerca de 21 estados entre eles Pará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rondônia, Tocantins, Goiás, Espírito Santo, Ceará, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e o Distrito Federal.
Mesmo com o anúncio da greve, a Petrobras anunciou nesta segunda-feira (21) novo aumento no preço do óleo diesel. Na semana anterior foram feitos cinco reajustes diários seguidos. Nessa velocidade, o caminhoneiro autônomo não consegue repassar o aumento para o valor cobrado pelo frete, explicou nota no site da Abcam.
Trânsito lento ou bloqueio de rodovias é o resultado da greve dos caminhoneiros. Segundo a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) foram registrados 188 pontos de paralisação no país na segunda, sendo 7 no Norte, 38 no Centro-Oeste, 27 no Nordeste, 55 no Sul e 61, no Sudeste. Minas é o Estado que tem mais pontos de paralisação, incluindo o bloqueio da rodovia Fernão Dias.
A greve dos caminhoneiros foi alvo de nota das fabricantes de veículos Chevrolet, Fiat e Ford divulgada nesta terça. De acordo com eles, o protesto começou a atingir a produção das fábricas porque impede a entrega de peças e a chegada de veículos nas concessionárias.