Chico Lopes critica cobranças de bagagens aéreas e marcação de assento
A decisão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) nacional, de apresentar nova ação judicial questionando a cobrança extra de bagagens aéreas no Brasil, confirma que essa cobrança representa um grande desrespeito ao consumidor e precisa ser proibida. A avaliação é do deputado federal Chico Lopes (PCdoB-CE), integrante da Comissão de Defesa do Consumidor, da Câmara Federal, que desde a aprovação da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para a cobrança vem questionando a medida.
Publicado 29/06/2018 09:52 | Editado 04/03/2020 16:22
"Após a cobrança de bagagens, que transformou as pessoas nas salas de embarque em verdadeiros cabides de malas e bolsas para evitar despachar, o preço das passagens só aumentou, ao contrário do que prometeram as empresas aéreas, para ludibriar a ANAC e a sociedade”, aponta Chico Lopes, destacando estudo do IBGE e da Fundação Getúlio Vargas, que aponta elevação dos preços das passagens
“Além disso, as empresas, agora que já tiveram algum tempo depois de impor essa taxa, subiram enormemente o valor. A Azul passou essa taxa de bagagem extra de R$ 30,00 para R$ 60,00. E a Gol passou de R$ 60,00 para R$ 100,00. Quem é que no Brasil teve reajuste salarial desse porte?”, questiona Chico Lopes. “É um gol contra o passageiro, que pagando desse jeito vai sair do azul e ficar no vermelho”, aponta.
"As agências foram criadas pra defender o consumidor ou as empresas? O consumidor. Mas na prática é o contrário", enfatizou. "Parece que a agência reguladora atua é para criar problema para o consumidor, em vez de resolver", acrescenta Chico Lopes, que lançou uma campanha contra a cobrança, para ampliar o debate e a conscientização popular quanto ao tema.
Pagando pela bagagem e até para marcar cadeira
“Esperamos que a Justiça acolha o mais breve possível a ação movida pela OAB e que essa cobrança extra de bagagem seja proibida o quanto antes. É um absurdo o consumidor, que já paga uma passagem extremamente cara, além de taxa de embarque, também ter de pagar taxa extra de bagagem e agora até taxa pelo simples ato de marcar seu assento no avião”, enfatiza o deputado integrante da Comissão de Defesa do Consumidor.