Haddad volta a defender revogação do teto de gastos

Fernando Haddad, vice na chapa do Lula à Presidência da República, concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira (24) em Mossoró, no Rio Grande do Norte. Cumprindo agenda de campanha, ele participou de ato de inauguração do comitê da senadora Fátima Bezerra (PT-RN) e de carreata pelas ruas do centro da cidade.

Haddad no Rio Grande o Norte - Ricardo Stuckert

Reafirmando o discurso que fez nesta quinta-feira (23), em ato com educadores em João Pessoa (Paraíba), Haddad voltou a criticar a Emenda 95 e defendeu a revogação da medida como forma de fazer o país voltar a crescer. “Pretendemos revogar o teto de gastos. Ele inviabiliza a gestão pública ao manter gastos congelados por 20 anos”, disse Haddad.

A emenda estabelece um teto de gastos que congela os investimentos públicos por 20 anos. A medida foi aprovada pelo governo Michel Temer (MDB), em 2016, sob a justificativa de reequilibrar as contas públicas e impulsionar o crescimento econômico, o que até hoje não aconteceu. Mesmo com os cortes em programas sociais e em diversas áreas essenciais, a dívida pública aumentou e a economia só dá sinais de estagnação.

Segundo Haddad, “o Estado não precisa crescer desmedidamente, mas precisa cumprir o que está na Constituição”. “Saúde e educação são direitos; segurança pública é direto social. Não podemos deixar”, frisou.

Haddad disse que a proposta do programa de governo do Lula é retomar o desenvolvimento e garantir mais oportunidades na educação. “Vamos retomar o país, o desenvolvimento, a educação, a geração de emprego. O país está cansado deste governo”, disse.

“Vamos multiplicar oportunidades na educação. Já temos oito milhões de universitários no Brasil. Tem que crescer mais – chegar a 10, 11, 12 milhões. Aí sim, vamos educar uma geração inteira, para que ela possa educar a próxima”, completou.