Manuela d’Ávila recebe Missão Eleitoral da OEA

A Missão Eleitoral da OEA (Organização dos Estados Americanos) chegou ao Brasil para observar o processo eleitoral do próximo domingo (7). Esta é a primeira vez que o organismo observa as eleições brasileiras e, de acordo com a líder da delegação, Laura Chinchilla, parte da premissa de que o voto eletrônico é “muito legitimado pela população”.

Por Mariana Serafini

Manuela DAvila e Laura Chinchilla - Teddy Falcão

Por ser a primeira vez da OEA num processo eleitoral do Brasil, a comitiva de observadores internacionais vai conversar com diferentes atores do processo para conhecer as especificidades brasileiras. Nesta segunda-feira (1º), Laura se reuniu com a candidata à vice-presidência, Manuela d’Ávila, em São Paulo.

Manuela aproveitou a reunião para reafirmar sua convicção na construção de “saídas democráticas para o Brasil, com respeito ao resultado das urnas”. Esteve em pauta também na conversa temas como “decisões que ameaçam a liberdade de imprensa” e o fenômeno das fake news. A candidata desejou sucesso à missão eleitoral.

De acordo com Laura, a visita da OEA ao país não está relacionada “às particularidades deste processo [de 2018]”. Trata-se de um convite feito pelo governo brasileiro, o TSE e o Itamaraty, em 2017, que o organismo prontamente aceitou.

O voto eletrônico do Brasil é considerado um dos mais seguros do mundo e inspira outros países. Laura disse que ainda é precipitado para a OEA apresentar um parecer sobre este modelo, mas a delegação parte da premissa de que é “um sistema muito fortemente legitimado pela população, um sistema que atualmente não registra nenhuma denúncia de alteração dos resultados. Partimos desta premissa e vamos prestar atenção nas distintas formas do processo”.

Por ser o único país observado pela OEA cujo método de votação é através das urnas eletrônicas, Laura destaca que a missão vai “empenhar muitos esforços para analisar [o sistema], pois tem sido muito mencionado nesta campanha”.

A missão eleitoral tem por objetivo observar o processo eleitoral como um todo até o final da votação, no domingo. Desta forma, são observados diversos aspectos, entre eles a liberdade de imprensa, o acesso dos meios de comunicação, o modelo de financiamento das campanhas e a participação das mulheres.

Por fim, a OEA apresentará um relatório de conclusões e recomendações às autoridades brasileiras. Segundo Laura, o objetivo deste documento é fortalecer os processos eleitorais. “A OEA destaca as boas práticas de cada país para assim enriquecer o intercâmbio de experiências entre as nações”, explicou a líder da missão.

A OEA observa processos eleitorais desde 1962 e de lá para cá já realizou 250 missões em 27 países, entre eles Estados Unidos e México. No Brasil, os observadores atuarão no Distrito Federal e em mais 12 estados – Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Amazonas, Pará, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Haverá ainda um grupo que fará a observação das eleições no exterior.