PCdoB São Paulo (SP) aprova incorporação do PPL por unanimidade

Em Conferência Municipal Extraordinária realizada neste sábado (16), o PCdoB São Paulo (SP) aprovou, por unanimidade, a incorporação do PPL (Partido Pátria Livre) ao PCdoB (Partido Comunista do Brasil). A conferência, realizada na sede da Apeoesp (o sindicato dos professores da rede municipal), correspondeu à etapa municipal do 2º Congresso Extraordinário do Partido – que ocorrerá em 17 de março, no Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.

Por André Cintra

Conferência PCdoB São Paulo (SP)

“Nos últimos 20 dias, reunimos 15 comitês distritais e 11 comitês de categoria do PCdoB em São Paulo. Mais de 500 filiados do Partido se mobilizaram nesse processo”, afirmou Wander Geraldo, presidente municipal do PCdoB. “Em todas essas conferências de base, nosso enlace com o PPL foi aprovado de forma unânime. É com essa unidade que vamos acolher os valorosos companheiros do PPL e fortalecer a atuação do PCdoB na cidade.”

Segundo Wander, a unidade se expressou também no entendimento sobre a tática do PCdoB em outas batalhas – como a eleição para a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados e a proposta de mais protagonismo nas eleições municipais de 2020. “Vamos à disputa eleitoral com pré-candidato a prefeito, além de uma chapa competitiva de vereadores. Nossa prioridade é voltar a ter representação na Câmara Municipal.”

A intervenção política ficou sob responsabilidade de Nivaldo Santana, secretário nacional de Movimento Sindical do PCdoB. Nivaldo destacou as bem-sucedidas articulações da bancada comunista na Câmara Federal, que culminaram, nesta semana, com a indicação da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) para a Liderança da Minoria.

“Foi uma demonstração de que, em vez de apenas demarcar posição, é necessário apostar numa tática mais ousada para conquistar espaços e ganhar aliados na oposição ao governo Bolsonaro. Nosso objetivo é a construção de uma frente ampla, de caráter democrático-progressista, para garantir uma resistência sólida a iniciativas como a reforma da Previdência”, afirmou o dirigente do Comitê Central.

A Conferência aprovou uma moção de apoio à greve geral dos servidores municipais contra a reforma da Previdência da gestão Bruno Covas (PSDB). Na sequência, foram eleitos delegados e suplentes à Conferência Estadual Extraordinária do PCdoB-SP, marcada para o próximo sábado (23).

Ato político

No final da programação, um ato político reuniu representantes do PCdoB e do PPL para saudar a união entre as duas forças políticas. O deputado federal Orlando Silva, presidente do PCdoB-SP, deu as boas-vindas aos companheiros do Partido Pátria Livre em São Paulo. “Estamos diante de um momento histórico. É com entusiasmo que acolhemos os membros do PPL, suas ideias e suas importantes contribuições em tantas frentes de lutas”, saudou Orlando.

Pedro Campos, presidente municipal do PPL, declarou que a militância de seu partido já identificava “diversas afinidades com as posições do PCdoB”. Segundo Pedro, “é preciso criar uma frente amplíssima para derrotar o governo com o projeto mais reacionário que o Brasil já teve”.

Confira abaixo os delegados e suplentes do PCdoB São Paulo (SP) para a Conferência Estadual:


DELEGADOS
– Alcides Amazonas
– Alexandre Prestes (Rosinha)
– Altair Alves
– Anna Martins
– André Cintra
– Bruno Prado
– Cícera Torquato
– Cláudia Rodrigues (Claudinha)
– Diógenes Pompe
– Fernando Borgonovi
– Jamil Murad
– José Carlos Cardoso (Tisiu)
– José Carlos Negrão
– Marcia Viotto
– Márvia Scárdua
– Monique Lemos
– Nádia Campeão
– Orlando Silva
– Renata Campos
– Rovilson Portela
– Rozina Conceição
– Sheila Gonçalves
– Valéria Leão
– Vital Nolasco
– Wander Geraldo

SUPLENTES
– Ary dos Marceneiros
– Gicélia Bittencourt
– Gilberto de Almeida (Giba)
– Gregório Poço
– Jefferson Caproni
– Leocir Rosa (Léo)
– Ricardo Adriane (Peixe)
– Rodrigo Kobori

Leia a moção aprovada na Conferência Municipal do PCdoB São Paulo:



PCdoB São Paulo (SP): Todo apoio à greve dos servidores municipais
Os servidores públicos municipais estão em greve contra a Lei 17.020/2018, que desmonta a Previdência Pública e cria o SampaPrev, um regime de previdência privada. Na prática, essa medida confisca salários, ao aumentar a contribuição previdenciária dos servidores (de 11% para 14%). Além disso, entrega a aposentadoria dos funcionários públicos a um fundo privado de pensão.

O PCdoB São Paulo (SP) manifesta seu pleno apoio ao direito de greve dos servidores, contra a privatização da Previdência municipal e o ataque aos trabalhadores. Vamos às ruas para nos somar ainda mais às lutas e derrotar o SampaPrev!
 

São Paulo, 16 de fevereiro de 2019

A direção municipal do PCdoB São Paulo (SP)