Prosur: chilenos protestam contra conservadorismo na América Latina

Os movimentos sociais organizados, entre eles, diversas organizações feministas e de junventude participaram nesta sexta-feira (22), em Santiago, de protesto para rechaçar o encontro que cria o chamado Prosur (Fórum para o progresso da América do Sul), e extingue a União das Nações Sul Americanas (UNASUL).

Fora Bolsonaro - Foto: Cristina Serra/Metrópolis

Com o crescimento de governo conservadores na América Latina, o grupo seguirá mais alinhado aos interesses liberais, atendendo diretrizes próximas ao governo de Donald Trump (EUA). 

No encontro, ficou acordado o nome do chileno (anfitrião) Sebastian Piñera como presidente do Prosur pelos próximos 12 meses, depois desse período, a presidência do grupo será liderada pelo paraguaio Mario Benítez.

Protagonistas do campo conservador, participaram ainda da cúpula o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, o argentino Mauricio Macri e o chileno.

Persona Non Grata



A passagem desses políticos pelo Chile desagradou forças populares e democráticas e culminou em protestos pelas ruas. A ala da juventude do Partido Comunista do Chile, Juventude Comunista do Chile, (JJCC) e as mulheres comunistas chilenas criticaram os governos conservadores. Bolsonaro foi um dos alvos.

Na véspera da visita do presidente brasileiro ao Chile representantes de partidos da coalizão de esquerda Frente Ampla e um grupo de parlamentares de oposição entregaram documento ao presidente do Chile, Sebastian Piñera, na qual pedem para que Jair Bolsonaro, seja declarado “persona non grata”. No documento, o grupo diz que o presidente brasileiro “incita o ódio” e toma medidas que afetam diretamente milhares de mulheres, idosos, comunidades indígenas e LGBTs.

Nas ruas, as mulheres comunistas exibiram cartazes e gritavam palavras de ordem contra a nova cúpula e exibiram um boneco gigante de Donald Trump. “As mulheres comunistas rejeitam a cúpula da ProSur e a visita de líderes que promovem a interferência dos EUA na América Latina. Porque não queremos e não estamos interessados em ser uma colônia norte-americana”, diz um post da organização no Twitter.

Neste mesmo contexto, neste domingo (24), em Santiago, a JJCC realiza um grande evento de luta. Segundo a organização, o Festival “Pelo direito de viver em Paz” (#ElDerechoDeVivirEnPaz) será gratuito e reúne diversas organizações sociais, políticas e culturais contra a ingerência na América Latina e defesa da paz e soberania dos povos.