Festival de comunicação em Cuba debate redes sociais 

As redes sociais e a vida diária, o fluxo informativo na Internet e a ''crise'' da chamada imprensa tradicional, centraram hoje aqui o debate do VI Festival Internacional de Comunicação Social.

Cuba

O professor da Universidade Carlos III de Madri, Ángel García, alertou que se informar através das redes sociais representa dois perigos: a dúvida da veracidade dessas notícias e a manipulação. A informação é da agência cubana Prensa Latina.

Até janeiro deste ano existiam 2 bilhões 271 milhões de usuários ativos em Facebook e bilhões em Instagram em nível mundial, exemplificou o acadêmico espanhol em sua coletiva.

García citou um estudo em seis países sobre o fluxo de notícias da Digital News Reports, da agência de imprensa inglesa Reuters, o qual reflete que a preferência de acesso aos conteúdos noticiosos é através dos celulares e os tablets.

62 por cento dos usuários de Espanha, Estados Unidos, Reino Unido, França e Alemanha informam-se só nas redes sociais e deixam a um lado os jornais tradicionais, daí a chamada "crise"' desses meios, afirmou.

O autor de livros como "A televisão em Espanha. Marco legal", acrescentou que Instagram, Facebook, Twitter e outros espaços influem na maneira na qual um usuário consome determinada notícia.

Vulnerabilidade

Essa informação é "conduzida" porque há interesses por trás da mesma e isso promove determinadas tendências na rede que podem ser falsas ou negativas, afirmou ante o auditório reunido no Palácio de Convenções.

García chamou também a regular os dados pessoais ante a "relevante vulnerabilidade" à se expõe a cada usuário, contrastar a informação e ter em conta os riscos legais de toda atividade em Internet.

O VI Festival Internacional de Comunicação Social se realizou em Havana com perto de 900 participantes de Cuba, Argentina, Espanha, Colômbia e Equador.

Temas como o direito à informação, a privacidade em Internet, a comunicação política e a ética fazem parte do evento.