União Popular de Mulheres debate Previdência com mandato de Orlando
O mandato do deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) participou, no sábado (27/7), de debate promovido pela União Popular de Mulheres do Campo Limpo e Adjacências (UPM), sobre os impactos da reforma da Previdência do governo Jair Bolsonaro (PSL). A atividade ocorreu pela manhã, em Campo Limpo, na Zona Sul de São Paulo.
Publicado 01/08/2019 13:56 | Editado 04/03/2020 17:15
Representaram o mandato de Orlando a chefe de Gabinete Márvia Scárdua e o assessor Denis Veiga Junior, que fez a exposição sobre a tentativa de Bolsonaro de desmontar a Previdência Social e acabar, na prática, com o direito à aposentadoria. A mesa da atividade também foi composta por Neide Abate, da UPM, e Paula Souza Cruz, diretora de escola.
“As pessoas que votaram no Bolsonaro não tinham a noção da tragédia que estavam ajudando a fazer no País”, declarou Denis. Com a reforma, segundo ele, os trabalhadores terão de “trabalhar mais e pagar mais” – mas para se aposentar cada vez mais tarde. Mesmo as regras de transição formam um “saco de maldades”. Além disso, a proposta do governo já fracassou em outros países, implodindo a Previdência.
“No Chile, que adotou esse mesmo modelo de reforma, o índice de suicídio das pessoas idosas aumentou exponencialmente. Depois de trabalharem por tanto tempo, as pessoas ficaram dependentes dos filhos e dos netos, sem dinheiro para comprar os remédios”, afirmou Denis. Segundo ele, Bolsonaro tentou impor o chamado regime de capitalização, que entregava a Previdência aos bancos.
A proposta passou em primeiro turno na Câmara dos Deputados, mas a resistência nas ruas e no Congresso foi importante para barrar parte das maldades do governo – como a própria capitalização. Por isso, segundo Denis, “é fundamental continuarmos na luta dos movimentos para pressionar os deputados e resistir ainda mais”.
O público aprovou uma agenda de lutas, com foco em duas datas. No dia 13 de agosto, as mulheres da região vão se somar ao ato das centrais sindicais e das entidades estudantis, em frente ao Masp, na Avenida Paulista, contra a reforma da Previdência e os cortes na Educação. Já no dia 24, haverá novo encontro da União Popular de Mulheres.
A UPM
A União Popular de Mulheres do Campo Limpo e Adjacências (UPM) foi fundada em 1987, fruto da mobilização de um grupo de mulheres de diversos bairros da região. Por meio de campanhas de arrecadação de fundos comunitários entre apoiadores, simpatizantes e a população local, a entidade garante a continuidade de suas ações.
Hoje a UPM, tem uma ampla atividade intersetorial em vários segmentos da comunidade. Desenvolve um amplo leque atividades e iniciativas visando à emancipação da mulher, a igualdade nas relações sociais e de gênero, e a plena realização dos direitos sociais, econômicos, políticos, ambientais e culturais.