Comunidade acadêmica da UFC realiza protesto contra interventor
Após o governo Bolsonaro nomear o candidato menos votado como reitor da Universidade Federal do Ceará (UFC), Cândido Albuquerque, a comunidade acadêmica organizou um ato na noite desta terça-feira (20) e contou com apoio de entidades estudantis, servidores técnico-administrativos e docentes.
Publicado 21/08/2019 14:58

Com a chamada em defesa da “Autonomia, democracia e direitos na UFC: por uma universidade pública, gratuita, de qualidade e democrática”, a manifestação teve início por volta das 18h30 nos jardins da Reitoria da UFC, de lá, os participantes seguiram até a Praça da Gentilândia, em Fortaleza-CE.
Na consulta realizada à comunidade escolar, o professor Custódio Almeida recebeu apoio de mais de 65%, já Cândido Albuquerque, ficou em terceiro lugar, com 5.08% dos votos.
Direto da manifestação no Ceará, o presidente da UNE, Iago Montalvão, explicou porque os estudantes são contra a indicação do governo Bolsonaro. "O que interessa que a consulta à comunidade universitária decidiu por um professor que foi eleito num processo democrático e o ministro da Educação e Bolsonaro escolheram um candidato que não teve o respaldo da comunidade acadêmica, por isso, nós vamos resistir".
Para o dirigente, a indicação de outro reitor faz parte de um processo do governo Bolsonaro de tutelar ideologicamente tudo que acontece na universidade brasileira e sobretudo tentar enviar goela abaixo o projeto Future-se que eles têm sentido resistência e vão usar os artificios autoridades para colocar esse projeto em prática, disse Montalvão.
"É preciso respeitar a democracia da universidade. Sem esse princípio fundamental nós não teremos um conhecimento plural democrático produzido aqui. Então não vamos aceitar mais esse desmando do governo Bolsonaro", completou o presidente da UNE.