Êxitos do primeiro ano de integração do PPL ao PCdoB

A incorporação do Partido Pátria Livre (PPL) ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB) completa um ano. O evento foi lembrado na reunião do Comitê Central do PCdoB, realizada de 29 de novembro a 1º de dezembro, por Luciana Santos e Sérgio Rubens, presidenta e vice-presidente do Partido.

As duas lideranças convergem na opinião de que a integração correspondeu às afinidades revolucionárias entre os dois partidos, ao passo que reforçou o PCdoB para enfrentar o governo da extrema direita e defender a democracia. Além da soma de forças em múltiplos aspectos, a integração se deu num momento em que o país passa por graves ameaças. O resultado vitorioso desse processo é o PCdoB desempenhando o papel de importante polo de luta pela democracia, pela defesa da nação e pelos direitos do povo.

Luciana Santos fez esse diagnóstico na abertura da reunião do Comitê Central. Para ela, a qualificação dos quadros e militantes do PPL deram ao PCdoB um conteúdo ainda mais denso, tanto teórico quanto político, além de revigorar os vínculos com luta do povo. De acordo com ela, são notáveis as contribuições desses revolucionários no curto período de incorporação. Muito do que o PCdoB tem elaborado e muito dos êxitos da sua tática política, centrada na defesa da democracia e da nação, tem a marca dos dirigentes e militantes que vieram do PPL.

Ela voltou a sublinhar o fato nas redes sociais. “Há um ano, dávamos um passo importante para a união entre o PPL e o PCdoB. Uma caminhada conjunta que tem se mostrado cada dia mais acertada e efetiva, e tem dado grandes contribuições nesse momento da vida política do nosso Brasil. E é esse Partido forte e unificado que enfrentará com vigor e alegria o desafio aprovado pelo nossa Direção Nacional, neste final de semana, de reunir amplas forças do nosso povo em um movimento por cidades democráticas e sustentáveis, por direitos, emprego, segurança e vida digna", escreveu.

Multiplicação de capacidades

Esse importante gesto também foi ressaltado por Sérgio Rubens, que liderou e presidiu o PPL desde a sua fundação. Ele ocupou a tribuna da reunião do Comitê Central para avaliar o processo de integração e sublinhou que, mais que uma soma, a incorporação – forma legal para realizar a fusão das duas estruturas – tem representado uma multiplicação na capacidade de intervenção do Partido.

As frutíferas discussões, destacou Sergio Rubens, realizadas ao longo desses doze meses, ressaltaram as convergências das duas organizações: as inspirações mais longínquas, que se fundam no socialismo científico e na Revolução de Outubro na Rússia, e as trajetórias centradas na luta anti-imperialista, na defesa do desenvolvimento nacional, da democracia e da justiça social.

Há uma terceira questão, prosseguiu o vice-presidente do PCdoB, que cabe destacar: o fato de as duas organizações terem levado às últimas consequências a luta contra a ditadura, tanto quando foi necessário. Inclusive por meio da resistência armada. E quando a questão candente passou a ser a criação de uma frente muito ampla para derrotar o regime dentro da sua própria cidadela, o Colégio Eleitoral.

E concluiu: “Portanto, também é parte da nossa base comum saber identificar as circunstâncias em que é necessária a tática da frente ampla, com quem contar para criá-la e como construí-la na prática.” Em resumo: a união das duas organizações realçou o perfil revolucionário dessa corrente política e ideológica.