Denúncia de propina na Secom repercute entre parlamentares

“Na Secom de Jair Bolsonaro, a mão que paga é a mesma que recebe. O nome disso é corrupção!”, apontou o vice-líder do PCdoB, deputado federal Márcio Jerry (MA)

Ex-secretário de Comunicação Fábio Wajngarten (Foto: Agência Senado)

A suspeita de recebimento de propina pelo secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, se tornou a mais nova “bomba” contra o governo de Jair Bolsonaro nesta quarta-feira (15) e foi amplamente criticada por cidadãos e políticos. Responsável pela distribuição de verbas publicitárias do governo federal, Wajngarten teria recebido dinheiro de emissoras de televisão, como a Band e a Record, diretamente beneficiadas por suas decisões. 

“Na Secom de Jair Bolsonaro, a mão que paga é a mesma que recebe. O nome disso é corrupção!”, apontou o vice-líder do PCdoB, deputado federal Márcio Jerry (MA).

Líder do PSOL na Câmara, deputado Ivan Valente não poupou palavras para demonstrar sua repulsa ao Governo. “Um bando de larápios e mal intencionados. Não só de incompetência, autoritarismo e ideias absurdas vive o governo Bolsonaro, corrupção também é uma de suas marcas”, destacou.

“Ministério Público de Contas pedirá revisão de verbas publicitárias do governo Bolsonaro após o jornal Folha de S. Paulo revelar que Chefe da Secom recebe dinheiro de emissoras de TV e empresas de publicidade contratadas pela própria secretaria, ministérios e estatais. ‘Nova política’ é isso?”, questionou a deputada federal do PT-DF, Érika Kokay.

No Senado, o líder do PT na Casa também ironizou as mudanças preconizadas por Jair Bolsonaro. “O secretário de Comunicação do Planalto assina o cheque de R$ 197 milhões para pagar empresas. Entre elas, a dele mesmo. Viva a nova política!”, ironizou.

Líder da oposição no Senado, Randolfe Alves (Rede-AP) classificou como gravíssima a suspeita. “Denúncia gravíssima! O chefe da Secom, Fábio Wajngarten, estaria recebendo dinheiro de emissoras de TVs e agências contratadas pelo Governo! Conflito de interesses? Corrupção? Improbidade administrativa? A certeza é que a mamata não teve fim!”, apontou.

Usando o mesmo recurso, o secretário partiu para as redes sociais ao formular sua defesa. “Mais uma vez a Folha de S. Paulo ataca o governo Bolsonaro. Agora, utilizando a mim como bode expiatório, apontando suposto recebimento ilegal de dinheiro (por uma empresa da qual sou sócio) de agências contratadas pela Secom e de emissoras de televisão. MENTIRA ABSURDA!”, lamentou.

Matéria originalmente publicada no dia 15/01/2020, no Portal Brasil 247.