Colômbia: 27 dirigentes sociais assassinados em 2020

O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz precisou que 27 dirigentes sociais e defensores dos direitos humanos foram mortos na Colômbia em 2020. A estes juntam-se 4 ex-combatentes das FARC-EP.

População tem denunciado os assassinado de líderes sociais

O assassinato mais recente registado pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento e a Paz (Indepaz) foi o de Fernando Quintero Mena, presidente da Junta de Ação Comunal da vereda Guasiles, no município de Convención, localizado na região do Catatumbo (departamento de Norte de Santander).

O Gabinete da Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos na Colômbia instou “as autoridades a esclarecer este crime e a tomar medidas de alcance estrutural para melhorar as condições de vida e a segurança no Catatumbo”.

Quintero Mena, ex-autarca de Convención, foi morto a tiro este domingo (26). No dia anterior, a imprensa deu conta do assassinato, perpetrado na terça-feira (21), de Hernando Herrera, dirigente da vereda El Brasil, no município de Sonsón (departamento de Antioquia).

De acordo com o Indepaz, no sábado (25) foram mortos o dirigente indígena John Alexander Ulcue Mesa, em Caloto (departamento do Cauca), e Modesto Vega, em Puerto Guzmán (departamento de Putumayo).

No total, o organismo não governamental colombiano registou, desde o início do ano, 27 assassinatos de dirigentes sociais e defensores dos direitos humanos no país andino, sendo que a maioria dos casos ocorreu nos departamentos do Cauca, Antioquia e Putumayo.

O Indepaz contabiliza ainda quatro ex-combatentes das FARC-EP assassinados este ano, o último dos quais foi Jhon Fredy Vargas Rojas. Segundo revelou o partido Força Alternativa Revolucionária do Comum (FARC), o ex-combatente foi morto no município de Pitalito, no departamento de Huila.

Recentemente, a organização não governamental Oxfam denunciou estes assassinatos e exortou o governo colombiano a tomar medidas eficazes de prevenção. Em simultâneo, manifestou repúdio perante as ameaças proferidas contra os dirigentes sociais, informa a Prensa Latina.

Fonte: AbrilAbril