Greve dos petroleiros cresce e atinge mais de 30 unidades da Petrobrás

Há refinarias, terminais e plataformas parados em 13 estados do País

Petroleiros reivindicam suspensão imediata de demissões

Os petroleiros completam nesta terça-feira (4) o quarto dia de greve no Sistema Petrobrás. A categoria se mobiliza contra as demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR) e pelo cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho. Conforme a FUP (Federação Única dos Petroleiros), mais de 30 unidades da Petrobrás – incluindo refinarias, terminais e plataformas – aderiram ao movimento, em 13 estados do País. São cerca de 15 mil petroleiros parados.

Na Bacia de Campos, os trabalhadores estão entregando a produção das plataformas para as equipes de contingência da Petrobrás. Até o final da manhã, 12 plataformas já tinham aderido à orientação do sindicato. Na Fábrica, em Araucária, os petroquímicos e petroleiros completam 15 dias de resistência, acampados em frente à unidade.

Na Transpetro, subsidiária da Petrobrás, a greve também avançou, com a adesão dos trabalhadores do Terminal de Cabiúnas, em Macaé (UTGCAB), do Terminal de Guarulhos, em São Paulo, e do Terminal Terrestre de Itajaí (Tejaí), em Santa Catarina. Já no Espírito Santo, a greve ganhou o reforço dos trabalhadores da Unidade de tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC), que cortaram a rendição no turno na manhã desta terça.

No Rio de Janeiro, a Comissão de Negociação Permanente da FUP segue há quatro dias ocupando uma sala do quarto andar da sede da Petrobrás, cobrando interlocução com a gestão da empresa para suspender as demissões na Fábrica de Fertilizantes de Araucária e abrir fóruns de negociação para cumprimento do Acordo Coletivo. Nesta segunda (3), a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), líder da Minoria na Câmara Federal, foi impedida de entrar no local para verificar a denúncia de que petroleiros que ocupavam o prédio estavam sem água nem luz.

Para aumentar a pressão, familiares de trabalhadores da Fafen permanecem desde esta segunda em frente à sede da Petrobrás, em uma vigília que conta com o apoio de trabalhadores e movimentos sociais. As demissões anunciadas pela gestão da Petrobrás começam no próximo dia 14, se não forem suspensas.

A CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) manifestou apoio à paralisação dos petroleiros. “Trata-se de uma greve em defesa da soberania nacional, contra o desmonte, a política de preços indexada ao dólar e a privatização fatiada da Petrobras”, afirmou, em nota, Adilson Araújo, presidente da CTB. “A categoria não vai compactuar com a gradual destruição da maior empresa pública brasileira (…) por um governo hostil aos interesses maiores da nação e do povo brasileiro.”

Da Redação, com informações da FUP e da CTB

Um comentario para "Greve dos petroleiros cresce e atinge mais de 30 unidades da Petrobrás"

  1. MANOEL DELGADO MARTINS disse:

    Queixada fora do bando vira comida de onça. Unificar as categorias rumo à Greve Geral!

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