Coronavírus: mulher de 63 anos é a primeira vítima no RJ

Governos do estado e do município do Rio de Janeiro anunciaram a criação de quatro hospitais de campanha para ampliar o atendimento a pacientes

O estado do Rio de Janeiro registrou nesta quinta-feira (19) a primeira morte em consequência da Covid-19. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) e a prefeitura de Miguel Pereira confirmam a morte de uma mulher de 63 anos, que apresentava comorbidades e fazia parte do grupo de risco para a doença.

Segundo a Secretaria de Saúde, a idosa, diabética e hipertensa, apresentou sintomas no dia 15 de março. Após dar entrada em uma unidade de saúde do município no dia 16, apresentou piora no quadro e morreu na última terça. Nesse mesmo dia, o material chegou para a análise do Lacen. A idosa teve contato com paciente com teste confirmado de infecção pelo novo coronavírus que viajou ao exterior.

O secretário de Saúde, Edmar Santos, reforçou o pedido de apoio da população nas medidas contra a pandemia adotadas no estado. “Faço um apelo à população que acredite na gravidade da situação e siga as orientações das autoridades de evitar sair de casa e ir a unidades de saúde sem necessidade. Reforço que nós não vamos descansar na luta para que casos como esses ocorram em menor número possível”.

A secretaria acrescentou que há ainda um caso em investigação em Niterói. O material deu entrada na quarta (18) no Laboratório Central Noel Nutels e está sendo analisado.

Capital

Nesta semana, os governos do estado e do município do Rio de Janeiro anunciaram a criação de quatro hospitais de campanha para ampliar o atendimento a pacientes devido à pandemia de infecção pelo novo coronavírus. No total, devem ser agregados 1.100 leitos ao sistema público de saúde no Grande Rio.

A prefeitura montará um hospital de campanha com capacidade para internar até 500 pacientes no Riocentro, principal centro de convenções da cidade do Rio de Janeiro, localizado em Jacarepaguá, na zona oeste. Os leitos improvisado serão usados para internar pessoas que se recuperam de cirurgias eletivas ou que estão em tratamento em hospitais da rede municipal. A ideia é liberar as vagas ocupadas por essas pessoas para que pacientes com Covid-19 possam ser atendidos nos hospitais municipais.

O hospital de campanha do Riocentro deverá ter apoio das Forças Armadas, segundo a prefeitura. Além disso, estão sendo requisitados 400 profissionais do Programa Mais Médicos, do governo federal.

Já o governo do estado anunciou que vai montar três hospitais, cada um com cem leitos no primeiro mês e mais cem no segundo mês, totalizando 600 vagas. Um deles será no Parque dos Atletas, bem próximo ao Riocentro. Outros dois hospitais serão fora da cidade: um no aeroclube de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e outro em São Gonçalo.

Diferentemente do hospital da prefeitura, essas unidades provisórias do estado serão voltadas para atender a pacientes infectados pelo novo coronavírus. Além dos hospitais de campanha, a Secretaria de Saúde do estado informou que pretende abrir mais 300 leitos nos próximos 40 dias e mais 300 nos 30 dias seguintes.

Com informações da Agência Brasil