4 estados e o DF podem atingir aceleração descontrolada do coronavírus

Amazonas, Ceará, São Paulo e Rio de Janeiro possuem alto coeficiente de incidência nacional no país, cuja média é de 4,3 casos por 100.00 habitantes

(Foto: Isac Nóbrega/PR)

O Ministério da Saúde divulgou relatório nesta sexta-feira (3) dando conta de que quatro estados e o Distrito Federal podem estar em transição de fase epidêmica do novo coronavírus, passando de transmissão localizada para aceleração descontrolada da pandemia.

São estados considerados com alto coeficiente de incidência nacional no país, cuja média é de 4,3 casos por 100.00 habitantes.

Nessas regiões, os coeficientes são: Distrito Federal (13,2/100 mil), São Paulo (9,7/100 mil), Ceará (6,8/100 mil), Rio de Janeiro (6,2/100 mil) e Amazonas (6,2/100 mil).

O Ministério da Saúde divide a pandemia em quatro fases epidêmicas: epidemia localizada, aceleração descontrolada, desaceleração e controle.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, diz que a situação é no Amazonas é bastante preocupante.

Ele lembrou que recebeu do estado pedido de respiradores e conseguiu enviar um para Manaus, emprestado de um grupo privado.

Mandetta diz que 15 respiradores, equipamentos necessários para o atendimento de casos graves da Covid-19, serão deslocados do Rio de Janeiro para o Estado.

O ministro afirmou que Manaus tem que ter muita atenção por conta das suas características georreferenciais.

Ele citou como exemplo os constantes voos da capital amazonense a Miami (EUA). “As vezes um voo de Manaus para o Centro-Sul do país é quase a mesma coisa que para Miami”, comparou.

Outra situação apontada por ele é a existência de um parque industrial na Zona Franca de Manaus (ZFM) que reúne empresas e pessoas de todo o mundo.

“Nós temos uma vila operária extensa ali dentro. E você demora para diminuir a produção. Há dinâmica social de cidade que produz muito: elas sempre andam atrás da produção. Então o secretário (Saúde) tem nos chamado e nós temos tido muita atenção”, explicou.

Questão Indígena

Mandetta também destacou a situação da população indígena no Amazonas que viaja nas embarcações para Manaus como ponto de apoio.

Segundo ele, há uma relação imunológica muito ruim com os brancos, vide as mortes por sarampo ao longo da história.

O ministro pediu para instituições religiosas e ongs (organizações não governamentais) para evitarem contato com os indígenas e, aos que podem ter acesso a eles, expliquem a gravidade do momento aos caciques e pajés.

“Todos somos brasileiros. Nos preocupamos extremamente com a saúde indígena”, finalizou.

Autor

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *