Devido à pandemia, Paraguai só reabrirá escolas em dezembro

O presidente do Paraguai, Mario Abdo, disse nesta terça-feira (27) que as aulas na rede pública seguirão suspensas por mais seis meses, ao menos até dezembro. “Sabemos que é uma decisão sem precedentes. Peço a colaboração de pais, mães e professores. Vamos investir em tecnologia para aumentar nossa capacidade”, declarou 

O governo ainda disse que o setor educacional é vulnerável para a propagação do coronavírus por envolver uma quantidade grande de pessoas. O Ministério da Saúde ainda justificou a suspensão das aulas alegando que a chegada do inverno pode agravar a situação.

Segundo o governo, os menores não são um grupo particularmente vulnerável ao coronavírus, mas o volume de pessoas que circulam nas comunidades educacionais é um fator de disseminação.

Desde o anúncio da suspensão das aulas, em 10 de março, o governo colocou em prática um sistema virtual para seus alunos. A alternativa vem sendo criticada por pais, alunos e professores, devido à baixa qualidade da internet em diversas regiões do país.

Com uma população de pouco mais de sete milhões de habitantes, o Paraguai registrou, até domingo, 228 casos de Covid-19, com nove óbitos e 93 pacientes recuperados da doença. Por base nesses dados, está entre os menos afetados da América do Sul.

Na contramão dessa decisão, o governo do Paraguai anunciou flexibilizações da quarentena que começou no início de marco. A partir do dia 4 de maio, fábricas, oficinas e prestadores de serviço poderão reabrir.

Em uma segunda fase, no dia 25 de maio, pequenas lojas do varejo, escritórios e o setor da construção civil também poderão voltar a operar, além de eventos esportivos sem expectadores. Na fase 3, que entra em vigor no dia 15 de junho, fica autorizada a abertura de grandes lojas com mais de 800 m² e academias de ginástica.

Com informações de agências