China propõe, em reunião, ampliar cooperação com AL, Brasil se ausenta

A China apresentou nesta quinta-feira (23) um plano que busca consolidar seus laços de cooperação com a América Latina e o Caribe em termos econômicos, sociais e políticos e no enfrentamento e recuperação da pandemia de Covid-19.

Em uma reunião virtual com seus colegas nessa área, o ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, destacou o apoio mútuo desde o surgimento de uma doença mortal que apresentou desafios sem precedentes para o desenvolvimento e a estabilidade do planeta. O Brasil, apesar de convidado, não compareceu.

Para superar os desafios, o chanceler propôs que cada projeto em conjunto fosse orientado para o bem-estar das pessoas e aprofundasse a solidariedade e a colaboração na batalha epidemiológica.

Ele reiterou a disposição da China de apoiar a pesquisa de vacinas na região com equipes médicas, conceder empréstimos especiais para obras de infraestrutura de saúde pública e fundos para a execução de programas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação.

Ele propôs manter o comércio e os investimentos de maneira flexível, a exportação de produtos da América Latina e do Caribe que atendam aos altos padrões de qualidade e quarentena do país asiático, promover voos comerciais e abrir canais de acesso rápido para a transferência de funcionários.

Ele pediu progresso na construção da iniciativa “Um Cinturão e Uma Rota”, também conhecida como “nova rota da seda”, especialmente em setores como agricultura, energia, saúde pública e economia digital.

Wang Yi assegurou que seu país está pronto para fortalecer o diálogo e a comunicação no contexto do Fórum China-Celac (Comunidade dos Estados da América Latina e do Caribe), do Mercado Comum do Sul e da Aliança do Pacífico.

Entre outras questões, ele pediu posições de coordenação na arena internacional a favor do multilateralismo e da economia aberta, mas contra o avanço do unilateralismo, do protecionismo e do assédio.

A videoconferência foi copresidida pelo Ministro das Relações Exteriores do México e incluiu a participação de Cuba, Argentina, Barbados, Chile, Colômbia, Costa Rica, Dominica, Panamá, Peru, Trinidad e Tobago, Uruguai e Equador. O Brasil de Bolsonaro optou por não comparecer, seguindo, contra os interesses nacionais, as ordens de Donald Trump, presidente estadunidense cujo governo está em uma escalada de confronto com a China.

A reunião terminou com a adoção de uma declaração conjunta sobre a resposta à pandemia de Covid-19.

Com informações da agência Prensa Latina