Pastora Romi Bencke recebe apoio após ataques na internet

Depois de elaboração de campanha contra discursos de ódio, líder religiosa foi vítima de difamação nas redes sociais.

Cerca de 200 organizações da sociedade civil, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Associação Brasileira de ONGs (ABONG) e a Iglesia Antigua de Las Américas (IADLA), lançaram uma nota de solidariedade à pastora luterana Romi Bencke e ao Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC), do qual a pastora é secretária-geral.

A organização e a pastora estão sofrendo ataques após o lançamento da Campanha da Fraternidade ecumênica deste ano, cujo lema é justamente a promoção do diálogo (“Fraternidade e diálogo: Compromisso de Amor”). A Campanha ocorre há 50 anos no cerne da Igreja Católica do Brasil, e é elaborada pelo CONIC a cada cinco anos.

A pastora e a organização trabalharam ativamente pela Campanha deste ano, que teve como objetivo denunciar violências e a cultura de ódio, como racismo e misoginia, alcançar a reconciliação social, fortalecer ações de solidariedade e celebrar a convivência inter-religiosa. Segundo a nota, os ataques são de “grupos neoconservadores católicos” que rotulam a campanha de “revolucionária”.

O CONIC também é destacado pela defesa do Estado laico, pois “só um Estado que respeite a pluralidade e a diversidade religiosa é capaz de promover a paz em seu território.”

As organizações afirmaram que “atestam o compromisso da pastora Romi e do CONIC com os valores da paz, da justiça, do diálogo e do respeito às diversas crenças, e repudiam qualquer tipo de violência e difamação contra a pastora, os coordenadores da Campanha da Fraternidade, ou a Campanha em si”.

O documento reforça mais uma vez a boa avaliação do trabalho da pastora Romi Bencke. “Sua trajetória e seu serviço pastoral culminam nos valores que cremos e defendemos: a promoção do diálogo ecumênico/religioso e a defesa dos Direitos Humanos”.

Clique aqui para ler a nota na íntegra.

Com informações de Brasil de Fato