Peru: Alerta contra intenção de não reconhecer vitória de Castillo

Personalidades políticas da região alertaram nesta quinta-feira (10) sobre uma possível tentativa de ignorar o processo eleitoral no Peru, pedindo cautela e respeito aos resultados.

Em um novo painel da iniciativa Diálogos de Mudança, do Grupo de Puebla, o chefe da Missão Eleitoral do Parlasul no Peru, Oscar Laborde, opinou que se observa, no Peru, a irrupção de um país invisível. “Temos que colaborar contra o fenômeno do desconhecimento deste processo, porque vão tentar ignorá-lo, deslegitimar o governo”, frisou.

Laborde disse que tentarão desgastar Pedro Castillo (que surge como vencedor) com uma dupla ação: por um lado, dizem que deve ser estabelecido um governo de unidade nacional e, por outro lado, há o os “duros”, que defendem que Castillo não pode governar porque seria ilegítimo.

Durante o painel, a ex-Ministra da Mulher e Desenvolvimento Social do Peru, Aída García-Naranjo, expressou que a extrema-direita está na lógica de não aceitar a vitória declarando fraude, para não enfrentar as autoridades eleitorais, já que 100% das missões de observação eleitoral classificaram as eleições como justas.

Propõem, sem fundamento, a anulação de mil atas, o que significaria a anulação de 253 mil votos. Enquanto o fujimorismo (adeptos da candidata Keiko Fujimori) se concentra no setor mais recalcitrante da direita peruana que continua a clamar por um golpe”, observou.

Por fim, o ex-candidato presidencial chileno Marco Enríquez-Ominami, fundador do Grupo de Pueblo, pediu cautela e respeito pelo resultado.

“De fora, podemos apoiar para que as instituições do Peru vejam que as observamos positivamente, acompanhando para que a contagem dos votos seja feita de acordo com a lei e o mais rápido possível”, disse.

Fonte: Prensa Latina