Caminhoneiros cogitam greve contra Bolsonaro para baratear combustível
Possível paralisação será debatida em reunião do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas
Publicado 29/09/2021 10:31 | Editado 29/09/2021 12:44
Após um novo aumento no preço do diesel anunciado na terça-feira (27), lideranças de caminhoneiros confirmaram que uma greve para pressionar o governo do presidente Jair Bolsonaro a baixar o valor do combustível é cogitada pela categoria. Ao UOL, o presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), Plinio Dias, confirmou que o tema está na pauta da próxima reunião de lideranças da categoria.
O encontro está previsto para o próximo dia 16 de outubro, no Rio de Janeiro, e poderá definir os detalhes da paralisação. “Nossa intenção é que o presidente Bolsonaro e o presidente da Petrobras resolvam isso, pois está nas mãos deles”, explica Dias.
Caminhoneiros acusam Bolsonaro de se omitir da responsabilidade sobre o preço, ao jogar a culpa da alta no valor em governadores e impostos estaduais, além da pandemia. A impaciência da categoria cresce a cada dia, e já há caminhoneiros querendo iniciar a greve.
Mas uma definição dependerá do que for discutido no encontro. A primeira opção, conforme explicou Dias, é “sentar e dialogar para todos saírem com ótimas condições de trabalho, sem ter que paralisar nosso país”.
Já a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL) disse ao portal não considerar, por enquanto, uma paralisação. Um representante da organização, no entanto, confirmou a insatisfação com o atual governo.
Recentemente, caminhoneiros chegaram a fechar trechos de rodovias em pelo menos 15 estados brasileiros após os atos antidemocráticos de 7 de setembro em apoio a Bolsonaro. A manifestação foi liderada pelo bolsonarista Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, que está foragido após ter a prisão decretada por ameaças ao Supremo Tribunal Federal e ao Congresso. As duas entidades consultadas dizem não ter apoiado o movimento.
Com informações do UOL e da CartaCapital