Bolsonarista Allan dos Santos e mais 3 passam a ser investigado pela CPI

Segundo o relator, o blogueiro passou a essa condição em função das fake news e da sua participação no enfrentamento da pandemia. “Ele já está sendo investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e a partir de agora será levado a essa condição na CPI”, disse

(Foto: Pedro França / Agência Senado)

O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), anunciou que o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos passará a condição de investigado pela comissão. Além dele, mais três pessoas alcançaram essa condição: Marcos Tolentino da Silva, Danilo Trento e Otávio Facuri. Ao todo, já são 36 pessoas investigadas pelo colegiado. O senador diz que esse número pode chegar a 40 ou 50.

Segundo o relator, o blogueiro passou a essa condição em função das fake news e da sua participação no enfrentamento da pandemia. “Ele já está sendo investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e a partir de agora será levado a essa condição na CPI”, disse.

O bolsonarista é acusado pelos crimes de descumprimento de norma sanitária e incitação ao crime de descumprimento de norma sanitária. Dono do site Terça Livre, Allan pode ser o responsável por criar notícias falsas e disseminá-las em massa.

Dono de um emaranhado de empresas envolvidas em falcatruas, o empresário e advogado Marcos Tolentino é apontado como dono “oculto” da FIB Bank, empresa que não é banco, mas deu aval para Precisa Medicamentos vender a vacina Covaxin ao Ministério da Saúde, uma operação fraudulenta envolvendo um contrato de R$ 1,6 bilhão.

Danilo Trento é sócio da empresa Primarcial Holding e Participações, com sede em São Paulo e no mesmo endereço da empresa Primares Holding e Participações, cujo sócio é Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos.

Já o empresário Otávio Fakhoury é apontado como um dos principais financiadores e propagadores de notícias falsas contra a vacina, uso de máscara e a favor do tratamento precoce (uso de medicamentos sem eficácia contra a Covid-19). Apesar da comunidade científica ser contra essas práticas, ele não reconheceu crimes nos seus atos. Para ele, trata-se de “uma conclusão pessoal baseada na liberdade de opinião.”

A CPI ouve nesta quarta-feira (6) Paulo Roberto Rebello Filho, diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Autor