Ministério Público quer que PM explique atuação contra vândalos bolsonaristas

Com o envio do ofício na terça-feira (13), Polícia Militar do DF precisará, em 5 dias, explicar ao MPDFT como respondeu aos atos de violência ocorridos em Brasília

Imagem: reprodução/TV Cultura

A Polícia Militar do Distrito Federal terá cinco dias para explicar, ao Ministério Público do Distrito Federal, como atuou no enfrentamento aos atos violentos promovidos por bolsonaristas em Brasília na noite de segunda-feira (12). O ofício com o pedido foi encaminhado pela promotoria de Justiça Militar do MPDFT nesta terça-feira (13), data a partir da qual corre o prazo estipulado. 

A Promotoria de Justiça pediu informações sobre o efetivo designado para atender os locais em que ocorreram as manifestações antidemocráticas, as medidas utilizadas para o enfrentamento à situação, dados da operação e relatório das ocorrências, entre outras. 

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Na noite de segunda-feira (12), horas depois da diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, um grupo de bolsonaristas tentou invadir a sede da Polícia Federal em Brasília e promoveu uma série de atos violentos. Ao menos três carros e cinco ônibus foram queimados. Ninguém foi preso até aquele momento em decorrência dos atos, o que levantou críticas quanto à atuação das forças de segurança pública. 

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da Oposição na Casa, pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que as manifestações terroristas sejam investigadas no âmbito do inquérito das milícias digitais. 

O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, destacou que a partir de 1º de janeiro, quando assume o novo governo, as medidas cabíveis serão tomadas. “Não haverá nenhuma anistia mágica no dia 1º de janeiro, tampouco haverá prescrição daqui para lá. Então, todos os crimes, os ilícitos, os atos, serão objeto de análise”, disse à GloboNews.