Cais do Valongo no RJ terá museu e volta de comitê gestor

Antigo porto de escravos, o local faz parte da lista de Patrimônio Mundial da UNESCO e contará com um museu a partir de investimentos do BNDES

Foto: Iphan

O Cais do Valongo, localizado na zona portuária da cidade do Rio de Janeiro, receberá investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a construção de um museu. O local, descoberto em 2011, foi um antigo porto de escravos e desde 2017 faz parte da lista do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

Segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), passaram por lá mais de um milhão de escravos, o que indica ser o porto que mais recebeu escravos no mundo.

O anúncio foi feito na quinta-feira (9), com o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, a primeira-dama, Janja Lula da Silva e das ministras da Igualdade Racial, Anielle Franco, e da Cultura, Margareth Menezes.

A comitiva visitou o Cais que terá o retorno de um Comitê Gestor, como havia até 2019 – responsável por conservar o sítio arqueológico e gerir o local que faz parte do circuito da herança africana.

“A gente está aqui para reafirmar um compromisso com o povo preto, com a memória e a reparação que a gente tem nesse lugar, um lugar histórico”, afirmou Anielle Franco.

“Vamos anunciar, no dia 21 de março, toda a concepção do projeto que vai ser encaminhado. Como todo o processo para revitalizar, fortalecer esse território e construir um espaço novo, cultural estratégico, que seja um centro de resgate e de preservação da memória e da história dos africanos no Brasil”, disse Mercadante.

*Informações Agência Brasil

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