Luciana Santos diz que país tem autoridade para debater metas ambientais

A ministra esteve reunida com o presidente Lula, o administrador da agência espacial americana (Nasa), Bill Nelson, e a embaixadora dos EUA, Elizabeth Frawley Bagley

Elizabeth Bagley, Luciana Santos e Bill Nelson (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, disse nesta segunda-feira (24), após reunião com o presidente Lula, o administrador da agência espacial americana (Nasa), Bill Nelson, e a embaixadora dos Estados Unidos, Elizabeth Frawley Bagley, que o Brasil tem tranquilidade para discutir assuntos ambientais como as metas de descarbonização.

“Na relação com as agendas ambientais, o Brasil entra com muita autoridade porque temos mais de 90% da nossa matriz energética renovável ou limpa”, lembrou a ministra.

Ela destacou ainda que o país possui 50% de florestas nativas e preservadas. Isso nos dá muita tranquilidade de debater as metas de descarbonização e reflorestamento com muita tranquilidade”, afirmou.

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Luciana falou sobre os benefícios do uso de satélites para monitoramento e desenvolvimento sustentável da Amazônia e diz que Bill Nelson visitará o Instituto Nacional de Pesquisas (INPE) nesta terça-feira (25).

“Será a oportunidade para ele conhecer o que já fazemos e propor outras parcerias de satélites”, comentou a ministra.

Outro ponto destacado por ela foi o desenvolvimento da indústria brasileira na área espacial.

“Temos empresas com capacidade de produção para fornecer à Nasa equipamentos na indústria aeroespacial. É um pouco essa troca que queremos estabelecer nessa visita ao Inpe”, observou.

O administrador da Nasa lembrou de sua viagem ao espaço, há 37 anos, quando viu a olho nu a deterioração da floresta e falou sobre a possibilidade de apoiar a política brasileira de combate ao desmatamento, com o auxílio de novas aeronaves com capacidade de captar fotografias precisas de queimadas, desgaste dos solos e depósitos de sedimentos no oceano, pelo rio Amazonas.

“Vamos lançar futuramente três novos satélites que vão aumentar a habilidade de identificar e de detectar a destruição da floresta”, anunciou.

A ministra explicou que qualquer tipo de parceria no monitoramento das florestas depende do aval das autoridades científicas que acompanham a política aeroespacial brasileira, que podem apontar a real necessidade de utilização desses equipamentos e sistemas e a viabilidade de cruzamento de informações.

Cooperação

A cooperação bilateral na área espacial entre Brasil e Estados Unidos foi o principal tema tratado durante o encontro. A ministra ressaltou a longa trajetória e a importância da cooperação com Estados Unidos, principal parceiro científico do Brasil no mundo.

“A nossa cooperação na área espacial vem desde a década de 1980, e a mais relevante é o Acordo Artemis, para explorar potencial lunar”, afirmou.

Com informações do MCTI

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