STF lança livro e documentário sobre os ataques de 8 de janeiro

Livro e documentário “Democracia Inabalada” mostram reconstrução do STF após atos golpistas que destruíram os prédios dos Três Poderes; objetivo é preservar a memória

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, lança livro e documentário sobre os atos antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023 | Foto Valter Campanato/EBC.

O Supremo Tribunal Federal (STF) lançou, na noite desta quarta-feira (30), o livro e o documentário “Democracia Inabalada” centrado nos atos antidemocráticos ocorridos contra os Três Poderes no dia 8 de janeiro. Os lançamentos mostram imagens inéditas das equipes de segurança tentando combater os invasores que vandalizaram a sede do tribunal e depoimentos dos ministros sobre os ataques.

A presidente do Tribunal, ministra Rosa Weber, salientou que ambos lançamentos condensam a indignação, a força e a resiliência na defesa da democracia constitucional. Segundo ela, as obras retratam a pronta resposta da instituição ao ataque. “Em três semanas, graças ao esforço e ao comprometimento de todos, reabrimos o Ano Judiciário no Plenário reconstruído”, recordou.

A ministra também lembrou o “cenário dantesco de devastação” que encontrou ao chegar ao edifício-sede do STF na noite de 8 de janeiro, e disse que o ataque não pode ser esquecido para que não se repita. Para a ministra, os atos praticados nessa data não fragilizaram o Estado Democrático de Direito. “Pelo contrário, fortaleceram a comunhão nacional em torno do princípio nuclear que consagra a prevalência da ideia democrática”.

Obras lançadas

O documentário, segundo o Supremo, oferece uma perspectiva emocionante, por meio dos depoimentos de ministros, servidores, equipes de segurança e colaboradores, sobre a resistência e a resiliência da instituição diante dos ataques e as etapas do esforço de recuperação do prédio nas semanas posteriores. Mostrando imagens inéditas das áreas atacadas, o filme registra não apenas a unidade interna, mas também a união da opinião pública em torno da defesa da democracia. Veja abaixo.

Já o livro é dividido em oito capítulos, que relatam a história do edifício-sede da Suprema Corte, a invasão do prédio, as medidas tomadas para a entrega, a restauração das obras de arte danificadas e até mesmo a campanha nas redes sociais com a hashtag #DemocraciaInabalada. Além disso, o livro descreve a sessão de abertura do ano judiciário com o Plenário reconstituído, simbolizando a resiliência do sistema democrático.

A versão inédita do documentário será exibida no dia 3 de setembro, às 22h, na TV Justiça. A versão digital do livro está disponível no site do STF.

A sede do Supremo é tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IphanDe acordo com informações da Advocacia-Geral da União (AGU), o ataque ao STF resultou em um prejuízo financeiro estimado em cerca de R$ 11 milhões.) e contém obras de arte produzidas pelo artista plástico Alfredo Ceschiatti e painéis de Athos Bulcão.

Durante os ataques, os vidros da fachada foram quebrados, o plenário foi completamente destruído, cadeiras, bancadas, sistemas de segurança eletrônica e de incêndio e as valiosas obras de arte foram vandalizadas. No entanto, a maior parte da reforma do plenário foi concluída em 1º de fevereiro, quando os ministros puderam retomar suas atividades judiciais.

De acordo com informações da Advocacia-Geral da União (AGU), o ataque ao STF resultou em um prejuízo financeiro estimado em cerca de R$ 11 milhões.

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com agências

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