Brasil encerra campanha histórica no Pan, com 205 medalhas

Desempenho do Time Brasil é potencializado pelo programa Bolsa Atleta, que atingiu aproveitamento de 89,75% de todos os pódios nos Jogos Pan-Americanos do Chile

Foto: Ricardo Bufolin/CBG

Encerrado neste domingo (5), o desempenho do Time Brasil nos Jogos Pan-Americanos do Chile é o melhor da história. O país terminou a competição em segundo lugar no quadro geral com 205 medalhas, 37 a mais do que os jogos de Lima, no Peru, em 2019.

Do total, 184 medalhas foram conquistadas ou tiveram a participação de pelo menos um beneficiário do Programa Bolsa Atleta. Ou seja, 89,75% das medalhas do Brasil em Santiago têm investimento do governo federal.

Em Santiago, foram 66 ouros, 73 pratas e 66 bronzes, além de 140 classificações diretas para os Jogos Olímpicos de Paris 2024, incluindo esportes como o tênis de mesa, boxe e vela. Em Lima, os brasileiros conquistaram 54 ouros, 45 pratas e 70 bronzes. Um total de 169 pódios.

Mais uma vez, o Brasil vê à sua frente somente os Estados Unidos, com 286 medalhas: 124 ouros, 75 pratas e 87 bronzes. O segundo lugar no quadro de medalhas só havia sido ocupado pelo Time Brasil nos Jogos de São Paulo, em 1963, e Lima, em 2019.

Neste domingo (5), o Time Brasil conquistou mais duas medalhas de ouro, uma no karatê, com Bárbara Hellen, e outra no tênis de mesa por equipes. Além disso, foram duas pratas no tiro com arco e um bronze no ciclismo BMX.

“Estou feliz porque nós tínhamos objetivos aqui. Ultrapassar 200 medalhas é a realização de um sonho. A gente conseguiu aumentar o resultado em Lima e foi um grande feito. A gente sabia que seria difícil ultrapassar essas medalhas que conseguimos há quatro anos. Eu vibrei muito e me emocionei com a conquista dos atletas. O resultado aponta para um futuro muito promissor em diversas modalidades”, comentou Rogério Sampaio, CEO do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

Já Eduardo de Deus, que conquistou o ouro nos 110 metros com barreira, na última quarta (1), agradeceu o apoio do programa Bolsa Atleta. “Se não fosse o Bolsa Atleta acho que não estaria aqui hoje. É uma coisa que me salva muito no dia a dia e me dá um suporte enorme para treinar”, afirmou o medalhista.

O atleta Lucas Vilar, que também esteve no lugar mais alto do pódio na sua categoria, o 400m rasos, disse que o programa do governo federal contribui para a compra de materiais esportivos essenciais para o desempenho no atletismo. “Ele ajuda no nosso trabalho, no nosso profissional, a comprar materiais como sapatilha e suplementação”, disse.

Dona de três ouros na Ginástica Rítmica, a brasileira Nicole Pircio também enfatizou a importância do programa. “O Bolsa Atleta é muito importante pra a gente porque temos um esporte muito caro, né? Ter esse suporte e essa ajuda financeira sempre é muito importante para melhorar nosso rendimento e na nossa compra de suplementos”, disse.

Outro marco histórico foi que pela primeira vez em Jogos Pan-Americanos as mulheres brasileiras superaram os homens no desempenho. Elas conquistaram 33 ouros, 32 pratas e 30 bronzes, um total de 95 medalhas, 3 a mais que os homens brasileiros, que ficaram com 30 ouros, 33 pratas e 29 bronzes. Em disputas mistas, o Brasil conquistou 3 ouros, 8 pratas e 7 bronzes, totalizando 18.

Em evento onde foi realizado um balanço da campanha em Santiago 2023, na Casa Brasil, Rogério Sampaio, diretor-geral do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e chefe de Missão do Brasil para o Pan, falou sobre o desempenho do país.

“Temos que comemorar sobretudo ter alcançado nosso principal objetivo, o resultado esportivo de ultrapassar 200 medalhas. É a realização de um sonho. Foi um grande feito superar o resultado de Lima. Sabíamos da dificuldade que seria ultrapassar aquelas medalhas, mas conseguimos. Vibrei com a conquista de cada um dos atletas, me emocionei com muitas delas”, disse.

Rogério também destacou as características do sucesso brasileiro. “Acho que o resultado, mais do que números, aponta para um futuro muito promissor. Em várias modalidades a gente vê atletas jovens sendo protagonistas, entendendo que hoje o atleta tem uma carreira longa, longeva, a gente fica imaginando o que o futuro nos aguarda”, completou.

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