91% dos pódios do Time Brasil são contemplados do Bolsa Atleta

Projeção indica que Brasil pode alcançar a melhor campanha nos jogos continentais. Até agora, são 130 medalhas e 37 ouros nos Jogos de Santiago

Foto: Wander Roberto/ COB

Campanha histórica no judô, resultados inéditos no boxe, amplo destaque na natação, vitórias expressivas na ginástica artística, hepta no handebol e bicampeonato do basquete feminino. A pluralidade de pódios já conquistados nos Jogos Pan-Americanos de Santiago consolidam a força do Brasil como nação de amplo protagonismo esportivo continental.

Até esta segunda (30), o Time Brasil somava 123 pódios, com 37 ouros, 47 pratas e 39 ouros, atrás apenas dos Estados Unidos no quadro de medalhas da competição. Dessas 123 medalhas, 112 (91,05%) têm a digital, a presença de integrantes do Bolsa Atleta, o programa de patrocínio direto a esportistas de alto desempenho do governo federal.

Levando em conta as modalidades individuais e coletivas, 193 brasileiros já subiram ao pódio, 147 deles integrantes do programa do governo federal: 76,16%.

“Fico muito feliz de saber que grande parte dos atletas que estão participando são pessoas que estão recebendo o Bolsa Atleta”, afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no bate-papo com o jornalista Marcos Uchôa. Ele lembrou da essência que conduziu à criação do programa em seu primeiro mandato, em 2005.

“O Bolsa Atleta criamos para garantir que as pessoas pobres, que não tinham dinheiro para comprar um tênis, pudessem praticar esporte, porque a iniciativa privada faz publicidade com o cara que dá retorno financeiro, mas ninguém que está começando dá retorno. Tínhamos exemplo de pessoas que corriam na rua sem tênis. Queriam fazer ciclismo e não tinham bicicleta. As pessoas precisam de um incentivo. De quem? Do Estado”, resumiu o presidente.

Aprovado em 2003, o novo Bolsa Atleta é o maior da história do programa. Um total de 8.057 esportistas recebem o benefício atualmente no país, entre praticantes de modalidades presentes nos programas olímpico e paralímpico.

São 7.652 divididos entre as categorias de base, estudantil, nacional, internacional e olímpica / paralímpica e outros 405 na categoria de elite: a Bolsa Pódio é voltada para os que se destacam entre os 20 melhores do mundo em suas modalidades. O repasse mensal da Bolsa Pódio varia de R$ 5 mil a R$ 15 mil, a depender dos resultados apresentados pelos atletas ao pleitear a vaga no programa.

Em Santiago, dos 635 atletas (352 homens e 283 mulheres), incluindo os reservas inscritos em 60, um total de 469 são contemplados pelo Bolsa Atleta, 73,8% da delegação. O investimento direto nesse grupo só no edital de 2023 é de R$ 20,69 milhões. Levando em conta os atletas que já receberam o benefício ao menos uma vez na carreira, o número sobe para 579 (91%).

“Precisamos aproveitar o jeito esportivo do povo brasileiro. A vontade que eles têm e dar condições para essa gente treinar. Eu quando vejo a Rebeca com a medalha de ouro fico feliz. Sei como ela começou, sei que para ela ser uma medalhista de ouro não teve moleza, balada, tempo para descansar. É treino, treino, treino e treino. Somente assim a pessoa vai conseguir a medalha de ouro”, comentou o presidente Lula.

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