Desenrola Brasil leva 3,5 milhões de pessoas a renegociarem dívidas 

Total renegociado chega a R$ 27 bilhões. Programa criado pelo Ministério da Fazenda se estende até 31 de dezembro deste ano e envolve bancos públicos e privados

Foto: Joedson Alves/Agência Brasil

Cerca de 3,5 milhões de brasileiros já renegociaram suas dívidas, no valor total de R$ 27 bilhões, por meio do Desenrola Brasil em pouco mais de quatro meses, segundo dados do Ministério da Fazenda. O programa segue até dia 31 de dezembro. 

Por meio do programa criado pelo Ministério da Fazenda, são oferecidas condições especiais que possibilitam a quitação de contas pendentes. Os descontos podem superar 90%, em operações de parcelamento que podem ser feitas em cerca de quatro minutos, inclusive aos finais de semana e feriados. 

O programa ainda permite a renegociação de dívidas sem entrada imediata, podendo ser parcelado em até 60 meses, com a primeira parcela somente em 2024.

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Para viabilizar o Desenrola, o governo mantém parceria com bancos privados e públicos, como o Banco do Brasil (BB) e a Caixa Econômica Federal (CEF). 

Somente no mutirão realizado no último dia 22 de novembro, o governo federal contabilizou R$ 433 milhões renegociados, com mais de 72 mil pessoas beneficiadas, em todo o país. A ação solucionou 150 mil dívidas em apenas um dia.

Como funciona

Para participar do Desenrola Brasil, os principais bancos realizaram a retirada automática de 10 milhões de registros de dívidas até R$ 100 dos cadastros de inadimplentes. 

A Faixa 2 começou em julho, com negociações feitas diretamente pelos bancos credores com pessoas com renda mensal de até R$ 20 mil, cujas dívidas bancárias foram inscritas em cadastros de inadimplentes até 31 de dezembro de 2022.

Já a Faixa 1, operada por meio do site desenrola.gov.br, começou em 9 de outubro, com enfoque no atendimento de pessoas com renda de até dois salários mínimos ou inscritas no CadÚnico. 

Nessa etapa atual do Programa Desenrola Brasil, podem ser renegociadas as dívidas que tenham sido negativadas de 2019 a 2022, e cujo valor atualizado seja inferior a R$ 20 mil. Também estão incluídas dívidas bancárias, como cartão de crédito, e as contas atrasadas de outros setores, como energia, água e comércio varejista.

Com informações do Ministério da Fazenda

(PL)

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