Congresso tem projeção pela democracia para lembrar resistência a golpismo

Além disso, principal ato será nesta segunda (8), no Congresso, com Lula e representantes das instituições, para reafirmar valores democráticos frente à tentativa de golpe

Foto: Audiovisual/PR

A resistência democrática que barrou a tentativa de golpe promovida por bolsonaristas no dia 8 de janeiro de 2023 foi tema de projeções feitas na noite deste domingo (7) no Congresso Nacional. As fachadas dos prédios foram estampadas virtualmente com a expressão “Democracia nos Une”, além da bandeira brasileira no formato semelhante ao que se vê na capa da Constituição. 

Além disso, as sedes do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional amanheceram, nesta segunda-feira, com uma representação da Constituição em suas entradas. Para esta segunda-feira, também está marcada uma série de eventos promovidos pelas instituições da República e movimentos sociais que celebram a vitória e os valores da democracia, fortalecida após aquela trágica investida da extrema-direita.

Foto: Audiovisual/PR

Pelas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou: “Democracia inabalada e fortalecida. Neste 8 de janeiro, um ano depois da tentativa de golpe, Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal reforçam o compromisso com a Constituição do Brasil. A defesa da Carta Magna é dever de todas e de todos. A democracia nos une”. 

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A expressão “Democracia inabalada”, aliás, foi o nome escolhido para o principal evento do dia, proposto pelo presidente Lula, que acontece a partir das 15h, no Congresso Nacional. O objetivo é reafirmar o compromisso do país com a preservação das instituições. 

Foto: Rubens Gallerani/Audiovisual/PR

Além de Lula, devem discursar os presidentes do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, e do STF, ministro Luís Roberto Barroso. O presidente da Câmara, Arthur Lira, que também constava entre os convidados, cancelou sua participação nesta segunda-feira, alegando problemas de saúde na família. 

Segundo o Palácio do Planalto, são esperados cerca de 500 convidados. Dentre eles, a ex-ministra do STF que presidia a corte na época dos ataques, Rosa Weber; o vice-presidente Geraldo Alckmin, entre outras autoridades, além de representantes de organizações da sociedade civil. Dentre estes está Aline Sousa, integrante do Movimento Catadores do Distrito Federal, que entregou a faixa presidencial a Lula em sua posse no histórico 1º de janeiro de 2023.

Durante o ato, também ocorrerá a reintegração simbólica ao patrimônio público de uma tapeçaria de Burle Marx e de uma réplica da Constituição Federal de 1988. 

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A obra de Burle Marx (sem título) foi criada em 1973 e vandalizada durante a invasão do Congresso Nacional em 8 de janeiro. Após minucioso trabalho de restauração, a tapeçaria voltou ao patrimônio do Senado. Já a réplica da Constituição foi recuperada, sem qualquer dano, após ter sido furtada da sede do Supremo, também no dia 8 de janeiro.

A data também é lembrada por partidos e movimentos sociais, que estão indo às ruas desde ontem em defesa da democracia. Em Brasília, as primeiras manifestações ocorreram neste domingo (7). Partidos de esquerda e organizações sociais promoveram o ato em defesa da democracia. 

Outras manifestações estão marcadas, principalmente nas capitais, em pontos de encontro centrais de cada cidade. Em São Paulo, por exemplo, a manifestação será às 17h, na Avenida Paulista, em frente ao Masp. No Rio de Janeiro também será às 17h, na Cinelândia (confira aqui lista de atos em outras cidades).

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Com agências