Alckmin antecipa temas em que o Brasil será “protagonista” no G20

“O Brasil pode fazer toda a diferença nesse momento, de pós-pandemia, alta de inflação e guerra”, disse o vice-presidente

A busca por segurança alimentar e energética no Planeta está entre as pautas que o Brasil deve priorizar na presidência do G20 – o grupo das 20 maiores economias do mundo. A informação foi antecipada nesta segunda-feira (29) pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Geraldo Alckmin, que participou da primeira reunião do Grupo de Trabalho de Comércio e Investimentos.

Batizada de “Negócios 20” (ou B20, da sigla em inglês “Business 20”), a reunião é um fórum com representantes empresariais do grupo. A abertura foi realizada na sede da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), sob coordenação da CNI (Confederação Nacional da Indústria).

“O Brasil pode fazer toda a diferença nesse momento, de pós-pandemia, alta de inflação e guerra”, afirmou Alckmin. “Segurança alimentar, segurança energética e a agenda do clima são temas em que o Brasil é protagonista e para os quais podemos dar grandes contribuições para o mundo.”

Segundo o vice-presidente, a luta por “um mundo mais próspero, mais justo e mais verde” passa pelo “desenvolvimento sustentável dos pontos de vista social, ambiental e econômico”. Segundo o vice-presidente, o B20, em especial, deve abordar temas como “transição enérgica, alimentação sustentável, emprego e educação, comércio, desenvolvimento, compliance, transformação digital, finanças e infraestrutura, além de inclusão e diversidade”.

A agenda é consenso entre os 900 representantes do setor industrial que participam o B20 Brasil. Ricardo Alban, presidente do CNI, saiu em defesa da Nova Indústria Brasil, anunciada há uma semana pelo governo Lula para reindustrializar o País. De acordo com Alban, o Brasil deve explorar suas “vantagens competitivas” no setor produtivo.

“Vamos descarbonizar a nossa indústria para recuperar a nossa manufatura, para agregar valor e empregos de qualidade. O B20 e o G20 nos dão essa oportunidade de trabalharmos juntos por esses objetivos”, afirmou. “Temos uma pujante indústria que serve de base para o agronegócio porque houve recurso, ambiente para que crescesse e desse certo. Temos uma convergência de fatores agora para o setor indústria como um todo.”

O mandato do Brasil na presidência do G20 vai de 1° de dezembro de 2023 a 30 de novembro de 2024. Nesse período, o País deve realizará mais de cem reuniões e atividades multilaterais, num total de 13 cidades brasileiras. Serão 90 reuniões técnicas, 26 videoconferências, 23 reuniões ministeriais e dez encontros de vice-ministros.

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