Sardenha impõe derrota a extrema-direita na Itália e “abre alternativa”

Alessandra Todde foi eleita governadora vencendo por 45,4% a 45%. Apesar do resultado apertado, a primeira derrota de Meloni desde setembro de 2022 é bastante simbólica

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A extrema-direita italiana, liderada pela primeira-ministra, Giorgia Meloni, foi derrotada nas eleições regionais da Sardenha, segundo resultados divulgados nesta terça (27). A eleição para governador foi realizada na ilha, neste domingo (25).

Alessandra Todde, candidata do populista Movimento 5 Estrelas (M5S) e apoiada pelo centro-esquerdista Partido Democrático (PD), alcançou 45,4% dos votos e superou o postulante conservador e prefeito da capital Cagliari, Paolo Truzzu, com 45%.

Apesar do placar apertado, em um eleição com apenas 2,5% da população da Itália, a derrota da coalização de Meloni é bastante simbólica, uma vez que impõe a primeira derrota da direita radical, populista e nacionalista que chegou ao poder em setembro de 2022.

“É um dia inesquecível. Os sardos abriram uma alternativa”, proclamou Giuseppe Conte, líder do Movimento 5 Estrelas que se aproxima do partido do Partido Democrático, de centro-esquerda do PD.

Todde bateu Paolo Truzzu, membro do partido fascista Irmãos da Itália (FdI, na sigla italiana), de Meloni. A primeira-ministra impôs o seu candidato sobre a vontade de Matteo Salvini, líder da Liga, principal parceiro do FdI na coligação de extrema-direita. O líder do partido xenófobo e nacionalista queria apresentar Christian Solinas, o presidente do governo regional da ilha que está a ser investigado por corrupção desde 2022.

O pleito servia como um teste para ver se a aliança de ocasião entre M5S e PD poderia competir com a coligação de direita. “Os cidadãos sardos fecharam a porta para Meloni e a abriram para a alternativa. O ar mudou”, comemorou o ex-premiê e líder do Movimento 5 Estrelas, Giuseppe Conte.

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