Vereador Giovani Culau e Manuela sofrem ação do prefeito de Porto Alegre 

Processo acusa o parlamentar e a ex-deputada, ambos do PCdoB, de campanha antecipada negativa. Para Culau, ação é tentativa de silenciar quem discorda do atual prefeito

Giovani Culau e Manuela d'Ávila. Fotos: Leonardo Lopes/CMPA e Tania Rego/Agência Brasil

O vereador de Porto Alegre, Giovani Culau, do PCdoB, e a ex-deputada do Rio Grande do Sul pelo mesmo partido, Manuela D’Ávila, foram alvo de um processo movido pelo MDB, partido do prefeito Sebastião Melo, por terem mobilizado uma campanha que incentiva a juventude a tirar seu título de eleitor e a se engajar politicamente. 

O processo acusa o vereador Giovani, Manuela, o PCdoB e a União da Juventude Socialista (UJS) de fazerem campanha antecipada negativa. A campanha, chamada “Tire o título, tire o Melo”, conscientiza sobre o voto facultativo aos 16 e 17 anos e denuncia que a atual administração municipal está de costas para a juventude porto-alegrense, não se preocupa com a crise climática e se alinha com a extrema-direita bolsonarista. 

Na avaliação do mandato do vereador, o processo demonstra que o MDB e Melo “não conseguem conviver com diferentes opiniões e atacam a democracia e a liberdade de expressão”. Além disso, ele argumenta tratar-se, também, de “uma tentativa de intimidação a um mandato que tem atuado firmemente na oposição política e cumpriu papel destacado na CPI da Educação”, realizada na Câmara Municipal de Porto Alegre. 

“Essa ação judicial é uma tentativa de silenciar aqueles que discordam do atual prefeito. É inaceitável que o partido do prefeito, ao invés de discutir os problemas da cidade e do seu governo, esteja utilizando destes meios”, afirmou Culau. 

Para ele, a liberdade de expressão — quando não ataca a honra e nem atenta contra a democracia – e o direito à crítica são fundamentais para o bom funcionamento das instituições democráticas. “O prefeito e seu partido deveriam entender que críticas são parte natural do processo democrático. Em vez de tentar nos calar, ele deveria se preocupar em responder às questões legítimas da população e aprender a conviver com opiniões divergentes”, afirmou Giovani.

(PL)

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